28 de outubro de 2025

UFO - LIGHTS OUT (1977)

 


Lights Out é o sexto álbum de estúdios do grupo britânico UFO. O lançamento oficial aconteceu em maio de 1977, através do selo Chrysalis. As gravações ocorreram no AIR Studios, em Londres, com a produção ficando a cargo de Ron Nevison.





Momento da ótima banda UFO retornar ao Canal.


Force It


Force It é o quarto álbum de estúdio do UFO, lançado em 1975. Foi o primeiro álbum a chegar às paradas dos Estados Unidos, alcançando o 71º lugar.


O álbum foi produzido pelo baixista do Ten Years After, Leo Lyons. Outro membro do Ten Years After, Chick Churchill, tocou teclado elétrico Fender Rhodes, o primeiro uso desse instrumento em um disco do UFO.


Phil Mogg



No Heaving Petting


No Heavy Petting é o quinto álbum de estúdio do UFO, lançado em 1976. É o primeiro álbum do UFO a contar com um tecladista em tempo integral como membro da banda, tornando-se o primeiro disco do grupo como um quinteto. Embora o tecladista Danny Peyronel tenha permanecido na banda apenas neste álbum, ele coescreveu várias faixas do disco.


O álbum acabou conquistando a 169ª colocação da principal parada norte-americana de discos.


As extensas turnês deram ao UFO maior visibilidade junto ao público americano e aumentaram seu número de seguidores no Reino Unido. A música "Belladonna", de No Heavy Petting, tornou-se popular na URSS, graças a uma versão cover de Alexander Barykin.


Lights Out


Em julho de 1976, a banda recrutou o tecladista e guitarrista base Paul Raymond, da Savoy Brown, para gravar Lights Out, de 1977.


Todas as músicas são originais da banda, exceto "Alone Again Or", um cover de uma música da banda Love. O álbum foi o primeiro do UFO a apresentar arranjos de cordas exuberantes, além de estruturas musicais mais complexas do que nos álbuns anteriores.


Pete Way



O produtor Ron Nevison contratou Alan McMillan para os arranjos de cordas e instrumentos de sopro. A música mais notável a apresentar um toque orquestral foi "Love to Love".


Vamos às faixas:


TOO HOT TO HANDLE


O disco é aberto com um Hard Rock típico dos anos 1970, com algum peso e muita melodia, além de um refrão grudento.


A letra é maliciosa:


Wink of an eye, the feelings ran high

A real rock and roll molest

But I ain't no romance and I ain't no slow chance

Won't get no quick change





A canção foi um single que não repercutiu nas principais paradas de sucesso.


JUST ANOTHER SUICIDE


Os teclados de Raymond brilham intensamente, em uma canção que mistura o Hard com uma pegada do Rock dos anos 1950.


A letra é sombria:


Another night, it's another shakedown

Lookin' for a place to hide

This could be your nervous breakdown

It's just another suicide


TRY ME


Uma bela balada, com vocais incríveis de Mogg e solos absurdos de Schenker.


A letra mostra o eu lírico falando de um amor não correspondido:


Try me, oh take me for a little while

Before it's over and you leave me with just a smile

Try me, oh let me be the one

You say it's over but for me it had just begun





Também foi um single que não repercutiu nas principais paradas de sucesso.


LIGHTS OUT


A faixa título é uma verdadeira porrada Hard Rock, indo diretamente ao ponto, com intensidade e ferocidade.


A temática é sobre caos:


From the back streets there's a rumbling

Smell of anarchy

No more nice time, bright boy shoe shines

Pie in the sky dreams


GETTIN’ READY


Outra ótima faixa, com um Hard Rock mais cadenciado, com toque bluesy e bela presença das guitarras.


A letra tem conotação sensual:


Can you fee me inside and out?

I'm just waiting for you

'Cause it's alright

Now I know just what I want to do


Michael Schenker



ALONE AGAIN OR


A versão para “Alone Again Or” traz um UFO diferente, apostando em um som mais acústico e mais simples, com espaço para um ótimo solo da guitarra de Schenker.


A letra trata do tema da solidão:


Yeah, said it's alright, I won't forget

All the times I've waited patiently for you

And you do just what you choose to do

And I will be alone again tonight, my dear





Foi um single que também não repercutiu em termos das principais paradas de sucesso. Trata-se de um cover da música originalmente gravada pela banda Love.


ELECTRIC PHASE


Electric Phase” é bem pesada, com bons vocais de Mogg e um trabalho eficiente da seção rítmica.


A letra é em tom de flerte:


There's no illusion

In this wild confusion

Who knows I'm crazy

No chance of maybe


LOVE TO LOVE


Superando os 7 minutos, “Love to Love” é uma das melhores canções do UFO.


A letra fala sobre caos urbano:


Heaven help those who help themselves

That's the way it goes

The frightening thoughts of what's been taught

And now it shows


Considerações Finais


Lights Out atingiu a 23ª colocação e a 54ª posição nas paradas de álbuns norte-americana e britânica, respectivamente.


Os destaques do álbum incluem as canções "Too Hot to Handle", "Lights Out" e a obra de sete minutos "Love to Love", entre outras. Com Lights Out, a banda recebeu aclamação da crítica, e o disco colocou o grupo tocando em arenas e em teatros pelos Estados Unidos e Europa, abrindo shows para bandas como Rush e AC/DC.


De acordo com a revista Classic Rock: "Havia uma ligação quase telepática entre melodia e força”.


A revista Kerrang! listou o álbum na 28ª posição entre os "100 Maiores Álbuns de Heavy Metal de Todos os Tempos”. A revista Classic Rock disse em 2021: "Este é o disco que estabeleceu um modelo que influenciaria muitas bandas na década seguinte."


Steve Harris, do Iron Maiden, considera "Love to Love" sua música favorita. "Love to Love” é brilhantemente escrita e construída", observou o guitarrista do Quireboys, Guy Griffin. "Ela tem uma majestade que a torna de classe mundial. O Quireboys fez um cover dela... e quando você faz isso, você entende o quão boa a música é".


Matt Kantor, do AllMusic, dá uma nota 4 (em 5), apontando: “Também não se pode dizer o suficiente sobre as performances individuais de destaque do UFO, particularmente os vocais de rua de Phil Mogg, que sem dúvida influenciaram muito Joe Elliot e Paul Di'Anno. E, claro, há a questão da guitarra solo merecidamente elogiada de Michael Schenker. Expressivo e blueseiro, com um timbre próximo da perfeição, até as músicas mais triviais se destacam graças a um solo de Schenker. Lights Out se mantém bem; suas sutilezas merecem destaque, pois a banda sempre faz questão de tocar pesado, e a execução é sempre impecável”.


Com o sucesso então conquistado, a banda voltou ao estúdio para gravar seu próximo álbum, Obsession (1978).





Formação:

Phil Mogg – Vocal

Michael Schenker – Guitarra-solo

Paul Raymond – Teclados, Guitarra-base, Backing Vocal

Pete Way – Baixo

Andy Parker – Bateria


Faixas:

1. Too Hot to Handle (Way/Mogg) - 3:37

2. Just Another Suicide (Raymond/Mogg) - 4:58

3. Try Me (Schenker/Raymond/Mogg) - 4:49

4. Lights Out (Schenker/Mogg/Parker/Way) - 4:33

5. Gettin' Ready (Schenker/Mogg) - 3:46

6. Alone Again Or (B. MacLean) - 3:00

7. Electric Phase (Way/Mogg/Schenker) - 4:20

8. Love to Love (Schenker/Raymond/Mogg) - 7:38


Letras:

Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:

https://www.letras.mus.br/ufo/


Opinião do Blog:

Que o UFO é uma das minhas bandas favoritas dos anos 1970, não tenho dúvidas. É claro que a fase Michael Schenker trouxe álbuns memoráveis como Phenomenon e Force It, mas Lights Out é tão bom quanto estes.


Aqui, o UFO continua apostando na sonoridade que o grupo desenvolveu desde a chegada de Schenker ao conjunto: um Hard Rock forte, pesado e vigoroso, com altas doses de melodia e profundamente baseado nas guitarras.


Os teclados de Paul Raymond são um ganho à banda, sem dúvidas, e a seção rítmica de Andy Parker e Pete Way é mais que competente. Entretanto é impossível não destacar as guitarras de Schenker e os vocais de Phil Mogg, duas lendas do Rock. O que Mogg canta na espetacular “Love to Love” é algo monstruoso, possivelmente a melhor canção da carreira do UFO.


Outras faixas emblemáticas são “Lights Out”, “Just Another Suicide”, a linda balada “Try Me” e a poderosa “Electric Phase”.


Por fim, cabe ressaltar que Lights Out briga fortemente não apenas pelo título de melhor álbum do UFO, mas também como um dos álbuns símbolos do Hard setentista.

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