Subhuman Race é o terceiro álbum de estúdios da banda norte-americana Skid Row. O lançamento oficial do trabalho aconteceu em 28 de maio de 1995, através do selo Atlantic. As gravações ocorreram entre outubro e dezembro de 1994 nos estúdios Greenhouse Studios e no Seacoast Sound, ambos em Vancouver no Canadá. A produção ficou a cargo de Bob Rock.
Hora do Skid Row retornar ao Blog!
Antecedentes
Slave to the Grind foi lançado em junho de 1991 e estreou em primeiro lugar na Billboard 200, alcançando o status de platina dupla sem nenhum sucesso nas rádios.
Após o fim da turnê Slave to the Grind, em fevereiro de 1993 na Austrália, na qual a banda novamente abriu para o Guns N' Roses, o Skid Row entrou em um hiato prolongado por recomendação de seu empresário Doc McGhee em uma espécie de “esperar o movimento grunge desaparecer”. Em 1994, a banda retornou ao estúdio com o produtor Bob Rock para gravar seu terceiro álbum Subhuman Race.
Lançado durante o declínio do hard rock e do heavy metal, Subhuman Race marcou uma mudança significativa no som da banda, com Bob Rock substituindo Michael Wagener como seu produtor, e assemelhando-se a uma mistura de heavy metal com influências de grunge, alternativo, punk rock, thrash metal e groove metal. Também foi considerado um álbum mais sombrio que trabalhos anteriores.
Este é o último álbum do Skid Row com o vocalista Sebastian Bach e o baterista Rob Affuso, e o último a ser lançado pela Atlantic.
MY ENEMY
Com vocais mais agressivos de Bach e um peso maior que o habitual no Skid Row, “My Enemy” começa bem o álbum.
A letra pode ser interpretada como lealdade:
Stories run in circles that have no end
I hit on luck, then you burn me out again
There's a way that you keep the truth in check
Scratch the surface and treat it like a broken neck
Foi um single do disco, mas não repercutiu em termos das principais paradas de sucesso.
FIRESIGN
“Firesign” é mais cadenciada, entretanto, não abre mão do peso.
A letra fala sobre fé:
Beaten, burned, I'll take the fall and get up right in your face
Walk all over what I believe
I'm still here, you disappear without a trace
No need to follow, no need to lead
No need to beg or borrow
I just need to be me
BONEHEAD
Pode parecer exagero, mas em “Bonehead”, o Skid Row flerta até com o Thrash Metal.
A temática da letra é sobre teimosia:
Enter the martyr out through the in door
The savior has arrived
Is all your anger force of habit
And keeping you alive?
An empty shotgun, shooting your mouth off
Something's on your mind
The cheap messiah of persecution
Alive and doing fine
BEAT YOURSELF BLIND
“Beat Yourself Blind” traz uma sonoridade pesada, bem dos anos 1990s.
A letra fala sobre manipulação:
Down at the boneyard, they're diggin' up the relics
Handfuls of parasites thrown into machines
I got the phone call they're tearin' down the mission
The zombies had a ball, but they don't know what it means
EILEEN
“Eileen” lembra mais a sonoridade original do grupo.
A letra é em tom misterioso:
There are things we cannot see that hang
Within her sight
It's really a street light
It's somethin' in her night
REMAINS TO BE SEEN
“Remains to Be Seen” é uma música com a cara dos anos 1990, com peso e agressividade.
A letra é sombria:
Bury the news with the views from behind the door
Rattle the bones with the drones at the corner store
See them for myself
SUBHUMAN RACE
A faixa-título é bem pesada e com forte influência do metal noventista.
A letra fala sobre racismo:
You
You look at me like I'm subhuman, you
You talk to me like I'm subhuman, you
You're treatin' me like I'm subhuman, you
Are jumpin' into the subhuman race
FROZEN
“Frozen” segue a mesma pegada, uma faixa intensa e com boas doses de peso.
A letra fala sobre destino:
Oh, as I stare into the fire
Will the prophets change my mind?
While I stare into the fire
All the colors treat me kind
INTO ANOTHER
“Into Another” é mais suave, uma balada agradável, mas nada memorável.
A letra fala sobre esperança:
Slowly I heal the love that's found its way
Onto another path in times of change
Crossing a bridge unknown
Hoping our strength will hold
Should they both let go then let me lay
Let me lay
A canção foi lançada como single, mas não repercutiu nas principais paradas desta natureza.
FACE AGAINST MY FACE
“Face Against My Face” tem mais cara de Rock alternativo, sendo bem mediana.
A letra é triste:
Searchin' greener pastures and finding desert sands
Cycles on the treadmill turns up empty hands
Oh, do I have to blood let just to get another chance?
MEDICINE JAR
“Medicine Jar” segue a sonoridade majoritária do disco, com bastante peso.
A letra fala sobre mau comportamento:
Caught the mother jack knifin'
A little bit of low lifin'
Goin' twenty paces with the medicine man
Runnin' from the girl in pigskin
A little gun shy but shootin'
Hiding in the kitchen with his head in his hand
BREAKIN’ DOWN
“Breakin’ Down” é uma canção que também flerta com o alternativo, sendo bonita.
A letra é dolorosa:
If you just let me in
I wouldn't let you break down
'Cause I'm breakin' down
If you just let me in
I wouldn't let you break down, oh
'Cause I'm breakin' down
I'm breakin' down
“Brekin’ Down” foi um single que atingiu a 48a posição da principal parada britânica desta natureza.
IRON WILL
“Iron Will” é uma canção pesada que encerra o disco.
A letra fala sobre garra:
Pride is all in vain without the blood of need
Bones can break in shame from takin' charity
Hide from all the hell and wash up with the tide
Wait and you commit psychological suicide
Considerações Finais
Subhuman Race ficou com a 8ª colocação na principal parada britânica enquanto atingiu a 35ª posição da sua correspondente norte-americana.
Para promover o Subhuman Race, o Skid Row apoiou o Van Halen (em sua turnê Balance) na América do Norte. Após o álbum e a turnê, o grupo lançou um EP ao vivo intitulado Subhuman Beings on Tour, com performances ao vivo da turnê.
A banda praticamente não tocou nenhuma música de Subhuman Race desde a turnê do álbum em 1995-1996, embora Bach as tenha tocado ocasionalmente em suas turnês solo, incluindo "Beat Yourself Blind", "Frozen" e os singles "My Enemy", "Into Another" e "Breakin' Down".
"Beat Yourself Blind" foi a única música deste álbum a ser tocada ao vivo desde a saída de Bach, até ZP Theart tocar "Medicine Jar" em 2018, enquanto "Remains to Be Seen" nunca foi tocada ao vivo.
Como o álbum estreou na 35ª posição na Billboard 200, e permanecendo por nove semanas, sendo uma queda significativa em relação à estreia no 1º lugar de Slave to the Grind. Em julho de 1999, Subhuman Race havia vendido 165 mil cópias, ficando significativamente atrás de seus trabalhos anteriores.
Subhuman Race recebeu críticas mistas a positivas dos jornalistas musicais. Stephen Thomas Erlewine, da AllMusic, escreveu que o álbum viu a banda "reduzir sua música ao básico" e foi seu "disco mais forte e cruel até hoje". A Q elogiou tanto as guitarras que "resmungam e murmuram mais ameaçadoramente do que nunca" quanto a "incrível pirotecnia vocal" de Bach, resumindo que "o Skid Row criou um vencedor absoluto". O jornalista canadense Martin Popoff considerou o álbum bastante complexo. Ele elogiou a performance de Bach.
Nesse ponto, a banda passou a se apresentar em locais menores e seus vídeos raramente eram exibidos na MTV, em parte por causa do aumento da popularidade do grunge e do subsequente declínio do estilo de heavy metal dos anos 1980.
Eventualmente, Sebastian Bach foi demitido da banda no final de 1996, após uma discussão com Rachel Bolan, que recusou uma vaga de abertura na turnê de reunião do Kiss, embora Bach já a tivesse garantido. Os outros membros da banda disseram a Bach que o Skid Row era grande demais para ser uma banda de abertura e que eles não fariam o show. Bach então deixou uma mensagem na secretária eletrônica de Snake dizendo-lhes que a banda nunca seria grande demais para abrir para o Kiss, junto a uma série de insultos; isso resultou em Snake dizendo a Bach que ele nunca mais trabalharia com ele.
Sebastian Bach nunca mais retornou ao Skid Row.
Formação:
Sebastian Bach – Vocal
Scotti Hill – Guitarra, Backing vocals
Dave Sabo – Guitarra, Backing vocals
Rachel Bolan – Baixo, Backing vocals
Rob Affuso – Bateria, Percussão
Faixas:
01. My Enemy (Hill/Affuso/Bolan) - 3:38
02. Firesign (Bach/Hill/Bolan/Sabo) - 4:54
03. Bonehead (Bolan/Sabo) - 2:16
04. Beat Yourself Blind (Bach/Hill/Bolan/Sabo) - 5:02
05. Eileen (Bach/Affuso/Bolan/Sabo) - 5:36
06. Remains to be Seen (Hill/Bolan/Sabo) - 3:34
07. Subhuman Race (Hill/Bolan/Sabo) - 2:40
08. Frozen (Bolan/Sabo) - 4:43
09. Into Another (Bolan/Sabo) - 4:02
10. Face Against My Soul (Bach/Affuso/Bolan/Sabo) - 4:20
11. Medicine Jar (Hill/Bolan/Sabo) - 3:36
12. Breakin' Down (Sabo) - 4:30
13. Iron Will (Hill/Affuso/Bolan/Sabo) - 7:43
Letras:
Para acesso completo às letras, recomenda-se o site:
https://genius.com/albums/Skid-row/Subhuman-race
Opinião do Blog:
Subhuman Race marca um ponto de viragem na carreira do Skid Row e do seu então vocalista, Sebastian Bach.
Ao abraçar diferentes sonoridades, a banda experimenta bastante ao longo das 13 faixas. Ela deixa de lado o Hard/Glam, e explora especialmente o Heavy Metal e o Rock alternativo.
Isto origina faixas incríveis como “Bonehead” e “My Enemy”, e outras como “Brekin’ Down”, também muito boa, e outras como “Face Against My Face”, que são esquecíveis.
Mas o resultado final acaba sendo positivo e nossa favorita é a faixa-título, sensacional.
Enfim, o Skid Row nunca mais teve a importância que ele possuía na virada dos anos 80 para os 90, e Sebastian Bach se lançou em uma carreira solo bem voltada para o metal.
0 Comentários:
Postar um comentário