9 de agosto de 2022

DEREK AND THE DOMINOS - LAYLA AND OTHER ASSORTED LOVE SONGS (1970)

 


Layla and Other Assorted Love Songs é o único álbum da banda chamada Derek and the Dominos. O lançamento oficial do disco aconteceu em 9 de novembro de 1970, através dos selos Polydor/Atco. As gravações ocorreram entre agosto e outubro daquele mesmo ano, no estúdio Criteria, em Miami, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Tom Dowd e da própria banda.


Momento do Rock: Álbuns Clássicos comentar sobre uma das grandes obras de Eric Clapton. Conforme a tradição, um pequeno histórico vai antever o faixa a faixa.


Derek and the Dominos


A Derek and the Dominos surgiu de um momento em que Eric Clapton se sentia ‘frustrado’ com o excesso de visibilidade e exposição de suas bandas anteriores, a Blind Faith e o supergrupo Cream.


Com o fim do Blind Faith, Clapton se juntou à Delaney & Bonnie and Friends, a qual havia conhecido enquanto eles eram o grupo de abertura da turnê americana do próprio Blind Faith, em meados de 1969.


Com o paralelo fim da Delaney & Bonnie and Friends, Bobby Whitlock se uniu a Clapton em Surrey, na Inglaterra. A partir de abril de 1970, os dois passaram semanas compondo várias músicas que futuramente viriam a compor a maior parte do material de Layla and Other Assorted Love Songs.


Carl Radle e Jim Gordon se reuniram com Clapton e Whitlock na Inglaterra após tocarem com Joe Cocker, logo depois que ambos deixaram a Delaney & Bonnie.


Clapton tentou evitar os holofotes sob a cobertura do até então anônimo Derek and the Dominos, com quem fez uma turnê por pequenos clubes na Grã-Bretanha durante as três primeiras semanas de agosto. O nome do grupo seria resultado de uma gafe feita pelo locutor, no primeiro show, que pronunciou erroneamente o nome provisório da banda, "Eric & The Dynamos".


Na verdade, Clapton escolheu Derek and the Dominos porque não queria que seu nome e celebridade pudessem vir a atrapalhar a manutenção de uma imagem de "banda". Quando esta pequena turnê acabou, eles foram para o Criteria Studios, em Miami, para gravarem um álbum.





A inspiração da eventual peça central do álbum, "Layla", estava enraizada na paixão de Clapton por Pattie Boyd, esposa de seu amigo e guitarrista dos Beatles, George Harrison, que se juntou a Clapton como guitarrista na turnê européia da Delaney & Bonnie, em Dezembro de 1969.


O produtor Tom Dowd estava trabalhando no segundo álbum da Allman Brothers, Idlewild South, quando o estúdio recebeu um telefonema dizendo que Clapton estava trazendo a Dominos para gravar em Miami. Ao ouvir isso, o guitarrista da ABB, Duane Allman, sugeriu que adoraria aparecer e assisti-los, se Clapton permitisse.


Allman ligou para Dowd para informá-lo de que sua banda estava na cidade para realizar um show beneficente em 26 de agosto. Quando Clapton soube disso, ele insistiu em ir ver o show deles. Clapton e companhia se sentaram em frente à barricada que separava o público do palco.


Após o show, Allman perguntou a Clapton se ele poderia ir ao estúdio para assistir a algumas sessões de gravação, mas Eric o convidou diretamente, dizendo: "Traga sua guitarra; você tem que tocar!"


Clapton escreveu mais tarde, em sua autobiografia, que ele e Allman foram inseparáveis durante as sessões na Flórida; ele falou sobre Allman como o "irmão musical que eu nunca tive, mas gostaria de ter".


Gravações


A maioria das músicas de Layla and Other Assorted Love Songs são produtos da colaboração entre Clapton e Whitlock, que produziu seis das nove canções originais da gravação.


Em 28 de agosto, com Allman contribuindo com o slide, a música foi gravada como uma longa e lenta jam instrumental. A versão com vocais, lançada em Layla, captura o ritmo mais lento da jam.

Ambas as versões vocais foram posteriormente incluídas na compilação de 1972, The History of Eric Clapton.

A última faixa do álbum, "Thorn Tree in the Garden", foi gravada com Whitlock, Clapton, Allman, Radle e Gordon sentados, em círculo, ao redor de um único microfone.



O disco traz cinco covers, os quais incluíam os clássicos blues "Nobody Knows You When You're Down and Out" (Jimmy Cox), "Key to the Highway" (Charles Segar, Willie Broonzy) e "Have You Ever Loved a Woman" (Billy Myles), uma versão mais lenta de "Little Wing", de Jimi Hendrix, e uma versão acelerada da balada de Chuck Willis, "It's Too Late".


De acordo com Dowd, a gravação de "Key to the Highway" não foi planejada, sendo desencadeada pelo fato da banda ouvindo Sam Samudio, tocando a música de seu álbum Hard and Heavy, em outra sala do estúdio. Quando o conjunto começou a tocá-la espontaneamente, Dowd disse aos engenheiros para rolar a fita, resultando no efeito fade-in da música.


A capa do álbum é creditada como "Pintura de capa de Frandsen-De Schomberg com agradecimentos a seu filho, Emile, pelo abuso de sua casa". Bobby revelou em uma entrevista, em agosto de 1970, que eles começaram uma disputa de arremesso de ovos na casa de Frandsen, na França. Emile os levou para o estúdio de seu pai, onde eles viram a pintura que se tornaria a capa do álbum.





Chamada de "La Fille au Bouquet", Eric imediatamente viu uma semelhança entre a mulher loira que estava retratada e Pattie Boyd. Clapton também insistiu que a imagem de Frandsen de Schomberg não fosse adornada na capa de "Layla", sem nenhum texto para dar o nome da banda ou do título do álbum.


Vamos às faixas:


I LOOKED AWAY


I Looked Away” possui uma carga emotiva bem forte, combinando com as guitarras afiadas.


A letra fala do interesse do eu lírico com uma mulher compromissada:


And if it seemed a sin
To love another man's woman, baby,
I guess I'll keep on sinning
Loving her, Lord, till my very last day


BELL BOTTOM BLUES


Como o nome sugere, “Bell Bottom Blues” é um Blues Rock intenso e com um refrão incrível.


A letra fala do amor de Eric pela Pattie Boyd:


Bell bottom blues

You made me cry

I don't want to lose this feeling

If I could choose a place to die

It would be in your arms





A canção foi lançada como single atingindo a 78a posição da Billboard Hot 100.


KEEP ON GROWING


Keep on Growing” é mais intensa e conta com solos incríveis de Clapton.


A letra fala sobre o amor:


I was a young man and sure to go astray.
You walked right into my life and told me love would find a way
To keep on growing, keep on growing, keep on growing


NOBODY KNOWS YOU WHEN YOU’RE DOWN AND OUT


A forma como a guitarra de Clapton soa em “Nobody Knows You When You're Down and Out” é muito profunda e sintomática. Incrível.


A letra fala sobre a miséria de modo satírico:


'Cause no, no, nobody knows you
When you're down and out.
In your pocket, not one penny,
And as for friends, you don't have any


Nobody Knows You When You're Down and Out” é uma versão para a faixa originalmente composta por Jimmie Cox e eternizada na voz de Bessie Smith.


I AM YOURS


Flertando com o Folk, “I Am Yours” possui um clima de Crosby, Stills & Nash.


A letra mostra sofrimento amoroso:


I am yours.
However distant you may be,
There blows no wind but wafts your scent to me,
There sings no bird but calls your name to me


ANYDAY


Anyday” é um rock de primiera linha, com guitarras afiadas e vocais intensos.


A letra demonstra a esperança em um amor:


But if you believed in me like I believe in you,
We could have a love so true, we would go on endlessly.
And I know anyday, anyday, I will see you smile.
Any way, any way, only for a little while


KEY TO THE HIGHWAY


O clima de improviso sobre “Key to the Highway” a faz uma das mais impressionantes canções do disco.


A letra fala de um músico que viaja com o coração partido:


I got the key to the highway, billed out and bound to go

I'm gonna leave here runnin', because walkin' is much too slow ...

Give me one more kiss mama, just before I go

'Cause when I'm leavin' here, I won't be back no more


Key to the Highway” é uma versão para um clássico do Blues originalmente composta por Charlie Segar.


TELL THE TRUTH


Tell the Truth” possui um balanço bem envolvente.


A letra fala da busca por uma verdade:


The whole world is shaking now. Can't you feel it?
A new dawn is breaking now. Can't you see it?
I said see it, yeah, can't you see it?
Can't you see it, yeah, can't you see it?
I can see it, yeah





WHY DOES LOVE GOT TO BE SO SAD?


Why Does Love Got to Be So Sad?” é mais direta e roqueira.


Outra vez, a letra é em tom apaixonado:


Like a bird on the wing
I've got a brand new song to sing
I can't keep from singing about you


HAVE YOU EVER LOVED A WOMAN


Have You Ever Loved a Woman” é outro Blues repleto de sentimento e intensidade.


A letra fala sobre uma possível traição:


But you just love that woman so much it's a shame and a sin.
You just love that woman so much it's a shame and a sin.
But all the time you know she belongs to your very best friend


LITTLE WING


Aqui tem-se uma linda versão para “Little Wing”.


A letra é repleta de fantasia:


Well, she's walking through the clouds

With a circus mind

That's running round

Butterflies and zebras and moonbeams

And fairy Tales


Trata-se de uma versão para o eterno clássico de Jimi Hendrix.


IT’S TOO LATE


It’s Too Late” é outra composição bem divertida.


A letra fala sobre o fim de um relacionamento:


It's a woman that cries,
So I guess I've gotta hide my eyes.
Yes, I will miss her more than anyone.
It's too late, she's gone


A canção é uma versão para a música de mesmo nome originalmente composta e gravada por Chuck Willis.


LAYLA


Layla” é um hino do Rock, com um riff simplesmente espetacular e atuação comovente de Clapton.


A letra é sobre uma história de amor:


Layla, you got me on my knees
Layla, I'm beggin darlin, please
Layla, darlin, won't you ease my worried mind





A música foi inspirada em uma história de amor que se originou na Arábia do século VII e mais tarde formou a base de The Story of Layla and Majnun, do poeta persa do século XII, Nizami Ganjavi.


Clapton compôs "Layla" como uma balada, com letras descrevendo seu amor não correspondido por Boyd, mas a música se tornou um rock quando, de acordo com Clapton, Allman compôs o riff de assinatura da música. Com a banda montada e Dowd produzindo, "Layla" foi gravada em sua forma de rock. A gravação da primeira seção consistia em dezesseis faixas, das quais seis eram faixas de guitarra: uma parte rítmica de Clapton, três faixas de harmonias tocadas por Clapton, uma faixa de solos de Allman, e uma faixa com Allman e Clapton tocando solos duplicados.


De acordo com Clapton, Allman tocou as primeiras sete notas do riff "assinatura" de 12 notas com trastes e as últimas cinco notas no slide na afinação padrão. Cada músico usou uma entrada do mesmo amplificador Fender Champ de duas entradas.


Pouco depois, Clapton voltou ao estúdio, onde ouviu Jim Gordon tocando uma peça no piano que havia composto separadamente. Impressionado com a peça, Clapton convenceu Gordon a permitir que ela fosse usada como parte da música.


O segundo movimento de "Layla" ("Piano Exit") foi gravado cerca de uma semana após o primeiro, com Gordon tocando sua parte de piano, Clapton tocando violão e guitarra slide, e Allman tocando guitarra elétrica e slide. Depois que Dowd uniu os dois movimentos,[16] "Layla" estava completa.


Layla” foi lançada como single, atingindo a 7a e a 10a posições, respectivamente, nas principais paradas britânica e americana, no ano de 1972.


THORN TREE IN THE GARDEN


O álbum se encerra de forma suave e acústica.


A letra fala novamente sobre uma dor de amor:


But it all seems so strange to see
That she'd never turn her back on me
And leave without a last goodbye
And if she winds up walking the streets
Loving every other man she meets
Who'll be the one to answer why?
Lord, I hope it's not me, it's not me


Considerações Finais


Inicialmente, Layla and Other Assorted Love Songs foi uma grande decepção comercial, e só atingiu as principais paradas de sucessos muito tempo após seu lançamento.


Tom Dowd lamentou a dificuldade de conseguir airplay para as músicas nas rádios dos EUA, enquanto o jornalista Harry Shapiro atribui sua falta de sucesso na Grã-Bretanha à promoção mínima da Polydor e ao que ele chama de "a litania da imprensa implacável e monótona de uma síndrome de abstinência pós-Cream ". Preocupados com o fato de a imprensa e o público não saberem do envolvimento de Clapton, a Atco e a Polydor distribuíram crachás com os dizeres "Derek é Eric".


Layla também fracassou criticamente, de acordo com Shapiro: No Melody Maker, Roy Hollingworth opinou que as músicas variavam "do magnífico a alguns comprimentos de completo tédio", e especificou: "Nós temos “Little Wing” de Hendrix tocado com uma beleza tão espalhada que Jimi certamente teria aplaudido até suas mãos sangrarem, e então temos “I Am Yours”... uma bossa que se lança em direções lamentáveis."


Escrevendo na revista Saturday Review, Ellen Sander descreveu o disco como "sem sentido e chato" e "um caso perdido de um álbum", e disse que Clapton havia "quase estragado sua credibilidade musical". Em uma revisão mais favorável para a Rolling Stone, Ed Leimbacher condenou o material de "enchimento" do álbum, mas acrescentou que "o que resta é o que você esperava da conjunção do estilo em desenvolvimento de Eric, a seção rítmica estilo Delaney e Bonnie, e os pontos fortes das habilidades de sessão de Allman." – apontando: “ainda é um baita álbum”.


Posteriormente, Layla foi aclamado pela crítica e considerado o maior trabalho geral de Clapton. Em Christgau's Record Guide: Rock Albums of the Seventies (1981), Christgau apelidou-a de "a gravação mais cuidadosamente concebida de Clapton", concluindo: "seu significado é percebido naqueles picos escaldantes quando uma sensação dolorosa de limites - por que o amor tem que ser tão triste, eu tenho o blues de fundo de sino, Layla - é colocado contra os bons tempos em uma compressão explosiva da forma."


Anthony DeCurtis, da Rolling Stone, chamou o álbum de "uma obra-prima" e elogiou sua natureza crua, escrevendo que "a reprodução no álbum também oscila à beira do caos, mas nunca dá dicas".


Stephen Thomas Erlewine, dando nota máxima ao disco no AllMusic, elogiou o trabalho de slide guitar de Allman por "empurrar Clapton para novas alturas" e afirmou: "o que realmente faz de Layla um disco tão poderoso é que Clapton, ignorando as tradições que ocasionalmente o colocaram em um lugar, simplesmente rasga esses canções com emoção ardente e intensa."


Em 2000, o álbum foi introduzido no Grammy Hall of Fame. Em 2003, a rede de televisão VH1 nomeou Layla and Other Assorted Love Songs como o 89º maior álbum de todos os tempos. No mesmo ano, a Rolling Stone classificou-o como o 117º lugar em sua lista dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos", sendo reclassificado no 226º na atualização da lista de 2020. O disco foi eleito na 287ª posição da terceira edição do All Time Top 1000 Albums de Colin Larkin (2000).


Após a gravação de Layla and Other Assorted Love Songs, o quarteto Derek and the Dominos retornou ao Reino Unido para continuar a turnê lá antes de voltar para a América para iniciar a turnê nos EUA em 15 de outubro. Allman realizou dois shows com o grupo perto do final da turnê pelos EUA: no Curtis Hixon Hall, em Tampa, Flórida, em 1º de dezembro, e no Onondaga County War Memorial em Syracuse, Nova York, na noite seguinte.


A banda apareceu no The Johnny Cash Show, em sua única aparição na televisão. Filmado no Ryman Auditorium em Nashville, Tennessee, e transmitido em 6 de janeiro de 1971, a banda tocou "It's Too Late" e depois se juntou a Cash e a Carl Perkins para tocarem "Matchbox" de Perkins.


Tragédia e infortúnio perseguiram o grupo ao longo e após sua breve carreira. Em setembro de 1970, Clapton ficou arrasado com a morte de seu amigo e “rival profissional” Jimi Hendrix; tendo acabado de gravar uma versão de "Little Wing" em Miami, o Dominos incluíram a faixa em Layla como uma homenagem a Hendrix.


Em outubro de 1971, Duane Allman foi morto em um acidente de moto. Clapton mais tarde escreveu em sua autobiografia que ele e Allman foram inseparáveis durante as sessões do Criteria. Além disso, Clapton levou a recepção crítica e comercial morna para Layla para o lado pessoal, fato que acelerou sua espiral de dependência de drogas e depressão.


Em fevereiro de 1971, Radle e Gordon participaram de sessões, produzidas por Spector e Harrison, para um álbum solo planejado por Ronnie Spector. Mais tarde naquele ano, o Dominos se desfez amargamente em Londres, pouco antes de completar seu segundo LP. Em uma entrevista posterior com o crítico de música Robert Palmer, Clapton disse que o segundo álbum "quebrou no meio por causa da paranóia e tensão. E a banda simplesmente se dissolveu."


Após a dissolução, Clapton deixou de fazer turnês e gravações para cuidar de um intenso vício em heroína. Um hiato de três anos na carreira foi interrompido apenas por sua participação nos shows Harrison Concert for Bangladesh, em agosto de 1971, junto com um grande elenco de músicos, incluindo Leon Russell, Keltner e Radle; uma aparição como convidado no show de Russell, em dezembro de 1971, no Rainbow Theatre de Londres; e em seu próprio Rainbow Concert, em janeiro de 1973. Este último evento foi organizado por Pete Townshend, do Who, para ajudar Clapton a largar seu vício em drogas e criar impulso para seu retorno.


Whitlock assinou com a gravadora americana ABC-Dunhill, para a qual gravou os álbuns Bobby Whitlock e Raw Velvet. Ambos os álbuns foram lançados em 1972 e incluíam contribuições de todos os Dominos (gravados no início de 1971), juntamente com Harrison, Bramletts, Keltner e a antiga seção de metais do Delaney & Bonnie.


Após o retorno de Clapton como artista solo em 1974, ele e Radle trabalharam juntos até 1979, quando Clapton o demitiu abruptamente de sua banda. Radle morreu em junho de 1980 de complicações de uma infecção renal associada ao uso de álcool e drogas.


Whitlock e Clapton não trabalharam juntos novamente até 2000, quando se apresentaram no programa da BBC de Jools Holland, chamado Later... with Jools Holland.


Em 1983, Gordon, que tinha esquizofrenia não diagnosticada na época, matou sua mãe com um martelo durante um episódio psicótico. Ele foi confinado em uma instituição mental em 1984, onde permanece até hoje.


As gravações das sessões de 1971, para o que seria um segundo álbum da banda (cancelado) foram incluídas no box de quatro CDs/cassetes de Clapton, Crossroads, lançado em 1988.


Layla and Other Assorted Love Songs já vendeu mais de 900 mil cópias pelo mundo.





Formação:

Eric Clapton – Vocal, Guitarras

Bobby Whitlock – Vocal, Teclados; Violão (em "Thorn Tree in the Garden")

Carl Radle – Baixo, Percussão

Jim Gordon – Bateria, Percussão; Piano (em "Layla")

Duane Allman – Guitarras (exceto em "I Looked Away," "Bell Bottom Blues," e "Keep on Growing")

Albhy Galuten – Piano (em "Nobody Knows You When You're Down and Out")


Faixas:

01. I Looked Away (Clapton/Whitlock) - 3:05

02. Bell Bottom Blues (Clapton/Whitlock) - 5:02

03. Keep on Growing (Clapton/Whitlock) - 6:21

04. Nobody Knows You When You're Down and Out (Cox) - 4:57

05. I Am Yours (Clapton/Nizami) - 3:34

06. Anyday (Clapton/Whitlock) - 6:35

07. Key to the Highway (Segar/Broonzy) - 9:40

08. Tell the Truth (Clapton/Whitlock) - 6:39

09. Why Does Love Got to Be So Sad? (Clapton/Whitlock) - 4:41

10. Have You Ever Loved a Woman (Myles) - 6:52

11. Little Wing (Hendrix) - 5:33

12. It's Too Late (Willis) - 3:47

13. Layla (Clapton/Gordon) - 7:05

14. Thorn Tree in the Garden (Whitlock) - 2:53


Letras:

Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: https://www.letras.mus.br/derek-and-the-dominoes/


Opinião do Blog:

Layla and Other Assorted Love Songs é um clássico do Rock, mesmo sendo o único trabalho gravado pela Derek and the Dominos.


O disco é o registro de toda a técnica e perícia, ambas únicas, de Eric Clapton como guitarrista. Seus solos e riffs estão de forma matadora por todo o álbum e são decisivos para a qualidade indiscutível do trabalho.


Layla também é um canto de toda dor amorosa que Clapton passava na época e as composições carregam toda esta carga emocional. É impressionante como o sofrimento de Eric se torna materializado quando se ouve o álbum.


Mesmo sendo duplo e com 14 composições, o disco não tem faixas de enchimento. “Layla” é soberba e um destaque evidente, mas outros pontos altíssimos são “Have You Ever Loved a Woman?” e “Key to the Highway”.


Enfim, o leitor está diante de uma das melhores obras que o Rock já produziu. Infelizmente, a banda teve duração efêmera, mas seu registro único permanecerá eterno.

2 comentários:

  1. Simplesmente um dos melhores álbuns duplos de todos os tempos. E a combinação de Clapton e Allman é uma daquelas que nem Deus de bom humor consegue fazer melhor. É pena que o disco não conseguiu exorcizar os demônios de Clapton, e tivemos que esperar três anos para tê-lo de volta - mas aí a banda não existia mais, o que é uma pena, porque foi provavelmente a mais talentosa de todos que o guitarrista reuniu. Gosto muito também do Derek & The Dominos In Concert, em especial das reedições com músicas adicionais que surgiram ao longo dos anos.

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    1. Comentário perfeito. Teria sido muito interessante se o Allman não tivesse falecido e o grupo tivesse continuado, mas era uma junção de pessoas bem problemáticas, especialmente o Gordon e o Clapton, por razões distintas, diga-se. Mas que este é um dos melhores discos de todos os tempos, ah, isto é.

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