8 de julho de 2012

BLUE ÖYSTER CULT - AGENTS OF FORTUNE (1976)



Agents Of Fortune é o quarto álbum de estúdio da banda norte-americana chamada Blue Öyster Cult. Seu lançamento oficial se deu em Maio de 1976, com sua gravação ocorrendo entre 1975 e 1976, nos estúdios The Record Plant, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A produção do álbum ficou a cargo de Murray Krugman, Sandy Pearlman e David Lucas.



Para começar a descrição sobre este ótimo álbum, primeiramente, contar-se-á, em resumo, um pouco da história do Blue Öyster Cult.

O grupo teve origem em Long Island, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, no ano de 1967, nas vizinhanças da Stony Brook University. O primeiro nome da banda foi Soft White Underbelly e desde seu início foi influenciada pelo seu manager, Sandy Pearlman.

A formação inicial tinha o guitarrista Donald "Buck Dharma" Roeser, o baterista Albert Bouchard, o tecladista Allen Lanier, o vocalista Les Braunstein e o baixista Andrew Winters.

O manager Sandy Pearlman desejava que o Blue Öyster Cult fosse a versão norte-americana dos ingleses do Black Sabbath. Ele foi muito importante para a banda, conseguindo contratos para a mesma com gravadoras e também agendando muitos shows. Além disso, ele forneceu algumas de suas poesias para que a banda as usasse como letras de músicas.

Outro escritor que forneceu letras – de seus primórdios – para o grupo foi Richard Meltzer.

Em 1968, com Pearlman conseguindo um contrato, o Blue Öyster Cult chegou a gravar material para o que seria um primeiro álbum para a gravadora Elektra Records, mas quando o vocalista Les Braunstein deixou o grupo, a gravadora acabou arquivando o disco.

O substituto de Braunstein foi um dos antigos auxiliares da banda, Eric Bloom. Em 1969, o conjunto ainda se chamava Soft White Underbelly – nome com o qual se apresentou em shows nas décadas de 70 e 80 em locais bem pequenos. Mas após uma crítica negativa sobre um show, Pearlman achou que era hora de procurarem um nome novo.

Eric Bloom


Ainda em contrato com a Elektra Records – e se chamando Soft White Underbelly – o grupo gravou mais material para ser lançado como um álbum, mas apenas uma das faixas foi lançada como single, “What Is Quicksand?”. Foram produzidas e distribuídas apenas 300 cópias deste material. Este material para o álbum chegou a ser lançado como disco em 2001, com o nome de St. Cecilia: The Elektra Recordings.

Depois de algumas mudanças de nomes – entre eles Santos Sisters – o grupo se firma como Blue Öyster Cult em 1971.

O nome veio de um poema escrito pelo manager Sandy Pearlman em 1960, parte de sua poesia chamada Imaginos (a qual inspirou o álbum de mesmo nome de 1988). Na obra de Pearlman, Blue Öyster Cult era o nome de uma sociedade de alienígenas que secretamente se reuniram com o fim de determinar o destino da Terra. Embora rejeitado inicialmente, a banda acabou aceitando o novo nome.

David Lucas, produtor e compositor de jingles de Nova Iorque assiste à uma apresentação do grupo e os leva para o seu Warehouse Recording Studio, no qual gravam uma fita demo e com a qual o manager Sandy Pearlman consegue uma audição para a banda junto da gravadora Columbia Records. Clive Davis – presidente da Columbia Records - gosta do que ouve e assina com a banda.

O Blue Öyster Cult vai para o estúdio de David Lucas onde gravam as oito faixas de seu álbum de estreia. Nesta época o baixista Andrew Winters deixa a banda, sendo substituído pelo irmão do baterista Albert Bouchard, Joe Bouchard.

Com produção de Murray Krugman e Sandy Pearlman, o álbum de estreia do Blue Öyster Cult foi lançado em janeiro de 1972, contendo 10 faixas e sendo homônimo ao grupo.

Já no primeiro álbum do grupo, aparece o logotipo da banda – uma espécie de gancho-e-cruz – desenvolvido por Bill Gawlik. Na mitologia grega, este é o símbolo de Kronos, rei dos Titãs, pai de Zeus. Também é o símbolo de um metal pesado (Heavy Metal), o chumbo, e definidor do som da banda – o Heavy Metal.



O álbum de estreia do Blue Öyster Cult apresenta uma sonoridade muito interessante, com um rock and roll que flerta em demasia com o Hard Rock e o Heavy Metal dos anos setenta. Nele há músicas que se tornariam clássicos do grupo como “Cities on Flame with Rock and Roll”, excelente canção, inspirada na música do Black Sabbath chamada “The Wizard”.

“Cities on Flame with Rock and Roll” foi lançada como single, mas não obteve maior sucesso nas paradas correspondentes a este tipo de lançamento. A ótima “Stairway To The Stars”, a linda balada “Then Came the Last Days of May” e a ‘psicodélica’ “Screams” estão no álbum. Muito bem recomendado pelo Blog.

O primeiro álbum acabou obtendo repercussão comercial e atingiu a modesta 172ª posição na parada norte-americana de álbuns. Mais que isso, permitiu que o grupo conseguisse excursionar com nomes como Alice Cooper e The Byrds.

Em fevereiro de 1973 sairia o segundo – e ótimo – álbum do Blue Öyster Cult, chamado Tyranny And Mutation. Os produtores foram os mesmos do primeiro disco do grupo e foi escrito enquanto a banda fazia a turnê referente ao trabalho de estreia.

Em Tyranny And Mutation há excelentes canções do grupo americano. “The Red And The Black” é uma faixa incrível, Hard Rock veloz e de primeira qualidade. “Baby Ice Dog” é outra faixa muito inspirada e representa a primeira colaboração da banda com a cantora Patti Smith. A pesada “Hot Rails To Hell” e a ótima “Wings Wetted Down” merecem muito destaque.

Tyranny And Mutation alcançou a 122ª posição da parada norte-americana de álbuns e aumentou o sucesso e reconhecimento do Blue Öyster Cult mais um degrau.

Em Abril de 1974 sai o terceiro álbum do grupo, Secret Treaties. Mais uma vez, a produção ficou a cargo de Krugman e Pearlman.

Mais maduros e experientes, a banda se destaca ainda mais em seu terceiro álbum. A ótima “Carrer Of Evil” traz um excelente rock clássico. “Subhuman” é outra faixa que esbanja talento e feeling, bem como a mais pesada “Harvester Of Eyes”, uma grande canção.

Em Secret Treaties está uma das mais conhecidas e espetaculares músicas do Blue Öyster Cult, “Astronomy”. Uma faixa cheia de melodia e feeling, mostra como o grupo compunha brilhantes canções. A canção ganhou uma versão sensacional do Metallica em seu álbum de covers Garage Inc., de 1998.

Impulsionado por “Astronomy”, Secret Treatries alcançou a ótima 53ª posição da parada norte-americana e permitiu que o Blue Öyster Cult fosse a atração principal de turnês.

Em fevereiro de 1975 é lançado o primeiro álbum ao vivo do grupo, On Your Feet or on Your Knees. O disco eleva ainda mais o sucesso da banda, alcançando a 22ª posição das paradas norte-americana e canadense. Ele se torna um grande sucesso comercial e permite que o grupo pensasse em voos ainda maiores. Este próximo voo seria seu próximo álbum de estúdio.

Agora, trata-se um pouco do processo de criação de Agents Of Fortune. Para economia de tempo, por vezes se trata o Blue Öyster Cult apenas pelas iniciais BÖC.

Em 1975, com o sucesso de On Your Feet or On Your Knees, a banda chegou a estar em um dilema. O disco ao vivo consolidou os ganhos obtidos com os três primeiros álbuns, estabelecendo uma personalidade “Heavy Metal” para o grupo. Entretanto, o grupo achou que era hora de evoluir e arriscar novidades entropicamente.

Cada membro da banda começou a desenvolver ideias separadamente para o novo trabalho, resultando em que cada integrante da banda se tornou mais consciente e protetor com seus próprios arranjos assim como as identidades próprias foram desenvolvidas. Antes, o Blue Öyster Cult desenvolvia as ideias musicais em conjunto; agora, cada membro trouxe uma ideia completa e fundamentada para apresentar aos demais companheiros.

Blue Öyster Cult, em 1976


O resultado da experiência foi positivo, com o grupo encontrando um novo paradigma, uma descoberta de como poderiam funcionar. A banda havia encontrado um certo platô de sucesso e recentemente chegara de uma turnê (a primeira) bem-sucedida na Europa. Além disso, os anos trouxeram uma base de fãs com fidelidade poucas vezes vista.

Pela primeira vez o BÖC se permitiu gravar fora das facilidades do estúdio da Columbia, procurando o Record Plant em Nova Iorque. Enquanto o grupo começou a gravar o que se tornaria Agents Of Fortune, o Aerosmith estava no corredor do estúdio e o KISS, no andar de cima!

Claro que Sandy Pearlman e Murray Krugman – os grandes mentores e produtores do grupo – estavam com eles nesta nova empreitada. David Lucas, que trabalhou no primeiro álbum da banda, voltou para auxiliar novamente.

A cantora Patti Smith, velha amiga da banda, emprestou sua voz na canção – além de ajudar na composição - “The Ballad Of Vera Gemini” em conjunto com o baterista Albert Bouchard. O mesmo acontece em “Debbie Denise”, um poema de Patti.

A arte da capa foi criada pelo artista Lynn Curlee.

THIS AIN’T THE SUMMER OF LOVE

A faixa que abre o álbum é “This Ain’t The Summer Of Love”.

A faixa é curta, com pouco mais de 2 minutos. É marcada por um riff bem simples, dotado de algum peso e um ritmo bastante interessante. O vocal é inspirado e o solo de guitarra contém muito feeling. O vocal na música é feito por Eric Bloom.

O refrão é muito bom:

This ain't the garden of eden
There ain't no angels above
And things ain't like what they used to be
And this ain't the summer of love

“This Ain’t The Summer Of Love” inspirou a música “Swallow My Pride”, da banda Green River, uma das pioneiras do movimento Grunge.



TRUE CONFESSIONS

A segunda faixa de Agents Of Fortune é “True Confessions”.

“True Confessions” é uma faixa bastante melódica, com um ritmo bastante suave e empolgante. Apostando bastante na melodia, os teclados são muito presentes na canção, apresentando vocais limpos e que se casam perfeitamente com a melodia.

Composta pelo tecladista Allen Lanier, é ele mesmo quem faz os vocais da música.

A música não apresenta refrão, tem uma estrutura interessante e letras simples.

True, true confessions, I lied
True, true confessions, I lied
Spent all night with candy's eyes
Dragged myself cross the warm blind side
Spent all night with candy's eyes
Dragged myself cross the warm blind side



(DON’T FEAR) THE REAPER

A terceira faixa do álbum é um dos grandes clássicos do Blue Öyster Cult, “(Don’t Fear) The Reaper”.

Um riff bastante inspirado, suave e melódico é a base da canção. A guitarra se destaca muito na canção, tanto fazendo as bases da música, quanto nos solos. O maior destaque é realmente o envolvente riff, os vocais se casam com perfeição ao ritmo da faixa, apostando na melodia contagiante.

Escrita e composta pelo guitarrista Donald (Buck Dharma) Roeser, é o mesmo quem faz os vocais da canção.

Como as letras da canção citam o famoso casal Romeu e Julieta de William Shakespeare, muita gente pensou que se tratasse de uma música sobre pacto suicida. Mas Buck Dharma afirma que sua intenção foi criar uma canção sobre amor eterno, que supera a limitação física dos corpos e perdure por toda a eternidade.

Romeo and Juliet
Are together in eternity (Romeo and Juliet)
Forty thousand men and women everyday (like Romeo and Juliet)

Buck Dharma afirma que escreveu a canção realmente pensando em uma história sobre o ‘pós vida’. Na época em que compôs a música, Dharma havia sofrido com uma doença mais séria e que o fez pensar na transitoriedade da existência humana.

Lançada como single, “(Don’t Fear) The Reaper” atingiu a 12ª posição da parada norte-americana de singles e a 18ª posição de sua correspondente britânica. Além disso, permaneceu mais de 20 semanas na parada dos Estados Unidos, alavancando as vendas de Agents Of Fortune.



Dharma disse que se assustou ao perceber o sucesso de sua canção. Segundo ele, o BÖC era uma banda obscura, que tinha certo orgulho em ser underground, sendo uma banda “anti-single hit”. Mas diante de uma canção tão brilhante, era impossível não se contagiar pelo sucesso de “(Don’t Fear) The Reaper”.

A indiscutível qualidade da canção é confirmada por sua presença no 397º lugar da lista das 500 melhores canções de todos os tempos feita pela revista Rolling Stone. Também, em 2010, há um dado de que houve 922 mil cópias digitais vendidas da música.

Obviamente, é presença obrigatória nos shows do grupo. Um verdadeiro clássico.



E.T.I. (EXTRA TERRESTRIAL INTELLIGENCE)

A quarta faixa de Agents Of Fortune é “E.T.I. (Extra Terrestrial Intelligence)”.

Um riff clássico de Hard Rock, dotado de muita melodia é a base da canção, a qual é bastante suave. Os vocais são simples, mas se encaixam muito bem com o ritmo da música. O solo é repleto de feeling, muito bom. Eric Bloom é quem canta nesta faixa.

Mais uma composição que conta com a colaboração de Sandy Pearlman e reflete a característica da banda em apostar em temas de ficção e obscuros. Grande música do BÖC!

I'm in fairy rings and tower beds
"Don't report this," three men said
Books by the blameless and by the dead
King in yellow, queen in red



THE REVENGE OF VERA GEMINI

A quinta canção do trabalho é “The Revenge Of Vera Gemini”.

A canção tem um riff bastante simples que se estende por toda a faixa, ganhando mais intensidade no refrão. O baixo está muito audível durante toda a música, contribuindo para a ótima qualidade da canção.

Como foi dito acima, a amiga de longa data do Blue Öyster Cult, Patti Smith, auxiliou o baterista Albert Bouchard na composição da canção. Não apenas isto, os dois são quem estão cantando na música. Grande faixa!



SINFUL LOVE

A sexta faixa de Agents Of Fortune é “Sinful Love”.

Com teclados e guitarras bem marcantes, “Sinful Love” é uma canção repleta de melodia, contando com vocais bastante marcantes. O riff é empolgante e a música contagia, com um ritmo bastante envolvente e uma ótima pegada Hard Rock. Grande faixa.

Outra vez, quem faz os vocais é o baterista Albert Bouchard, que compôs os riffs da canção.

The power that I give you, I'm so sick of your voice
In my body, You don't give me no choice
But to boot you, honey, to give you the shove
So take back your despot, I'll keep you love



TATTOO VAMPIRE

A sétima faixa de Agents Of Fortune é “Tattoo Vampire”.

A música traz um ótimo riff, bem estilo do Hard Rock dos anos setenta. O ritmo se mantém bem agitado durante toda a canção, contando com bastante empolgação, mas sem perder a maior característica do grupo que é sempre apostar em melodias marcantes.

Embora o riff tenha sido composto pelo baterista Albert Bouchard, os ótimos vocais da canção são do guitarrista Eric Bloom. O bom refrão é empolgante:

Grisly smiles, that don't flake off
Corny-colored demons leering
Vampire photos, sucking the skin



MORNING FINAL

A oitava canção do álbum é “Morning Final”.

Em “Morning Final”, a banda faz uma introdução de quase 40 segundos na canção, depois apostando em mais um riff cheio de melodia que se estende por toda a faixa. O solo é dos mais bonitos de todo o trabalho.

Os ótimos vocais da música são do baixista Joe Bouchard. Realmente, na opinião do Blog, uma das grandes canções do disco! As letras são características do BÖC, bem obscuras:

Oh baby don't it make you feel so bad
Dark clouds are over the street
After what I read, I can hardly feel my heart...
My heart beat



TENDERLOIN

A nona faixa do disco é “Tenderloin”.

A canção começa com um ritmo bastante suave, novamente apostando em uma melodia contagiante e um riff leve, de Hard Rock clássico. Os vocais são limpos e harmonizam com a sonoridade instrumental da faixa de maneira muito bem feita. Eric Bloom é quem canta – muito bem, por sinal.

As letras são bonitas, como no trecho:

I'm feeling hungry, have another line
So faith is taken up
You raise your eyes say, "That's just like life,
There's never quite enough. There's just never quite enough



DEBBIE DENISE

A décima, e última faixa de Agents Of Fortune, é “Debbie Denise”.

Outra canção bastante suave, bem próxima de uma balada, assim é “Debbie Denise”. O baterista Albert Bouchard a canta de maneira muito ‘doce’, o que acaba combinando com o ritmo da música com total perfeição. Realmente uma faixa muito bonita.

É outra canção que foi uma parceria do baterista Albert Bouchard com a cantora Patti Smith, sendo que “Debbie Denise” era um poema de Patti.

As letras falam de um caso de amor:

Wanting me to come close, I guess I noticed
I couldn't see, so what could I say
That more affection could I show her
I had only one thing on my mind
When I come to her, she'd pin back my hair
And out past the fields out the window I'd stare



Considerações Finais

Agents Of Fortune acabou se tornando um dos maiores sucessos comerciais do Blue Öyster Cult. Em 1978, o álbum já teria batido a marca de 1 milhão de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.

Em termos de paradas de sucesso para álbuns, Agents Of Fortune também é um dos mais bem sucedidos na discografia do grupo.

Ficou com a 29ª posição na parada norte-americana, conquistando a 26ª posição na correspondente britânica, assim como o 28º lugar no Canadá.

Donald 'Buck Dharma' Roeser


A renomada revista britânica Kerrang! colocou Agents Of Fortune na 62ª posição de sua lista de The 100 Greatest Heavy Metal Albums of All Time, em 1989. Em 2004, a revista Q também listou o álbum em sua eleição The Greatest Classic Rock Albums Ever!

Com o sucesso do álbum, a base de fãs do Blue Öyster Cult aumentou, os shows foram se tornando cada vez mais complexos e em lugares maiores, com maior capacidade de público.

O Blue Öyster Cult continuou gravando álbuns (alguns muito bons!) e excursionando ao longo dos anos, tendo recentemente visitado o Brasil. Hoje a banda tem um status “cult”, alterando sua formação muitas vezes, mas mantendo sua base nos guitarristas Buck Dharma e Eric Bloom.

Estima-se que o Blue Öyster Cult já tenha superado mais de 24 milhões de cópias vendidas por todo mundo.

Formação:
Eric Bloom – Guitarra, Percussão, Vocal nas faixas 1, 4, 7, 9
Donald "Buck Dharma" Roeser – Guitarra, Percussão, Vocal na faixa 3
Allen Lanier – Teclado, Guitarra, Baixo, Vocal na faixa 2
Joe Bouchard – Baixo, Piano, Vocal na faixa 8
Albert Bouchard – Bateria, Violão, Percussão, Harmonica, Vocal nas faixas 5, 6, 10

Músicos Adicionais:
Patti Smith – Vocal em "The Revenge of Vera Gemini"
Randy Brecker – Trompa
Michael Brecker – Trompa
David Lucas – Vocal, Teclado, Percussão

Faixas:
01. This Ain't the Summer of Love (A. Bouchard/Krugman/D. Waller) – 2:21
02. True Confessions (Lanier) – 2:57
03. (Don't Fear) The Reaper (Roeser) – 5:08
04. E.T.I. (Extra Terrestrial Intelligence) (Roeser/Pearlman) – 3:43
05. The Revenge of Vera Gemini (A. Bouchard/Smith) – 3:52
06. Sinful Love (A. Bouchard/Helen Wheels) – 3:29
07. Tattoo Vampire (A. Bouchard/Wheels) – 2:41
08. Morning Final (J. Bouchard) – 4:30
09. Tenderloin (Lanier) – 3:40
10. Debbie Denise (A. Bouchard/Smith) – 4:13

Letras:
Para o conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.mus.br/blue-oyster-cult/

Opinião do Blog:
O Blue Öyster Cult não é das bandas mais conhecidas do público em geral – leia-se público não especializado em Rock ‘N’ Roll – mas trata-se de uma banda clássica do Hard Rock, bastante importante e que influenciou muitos outros grupos, como Metallica e Iced Earth, apenas como exemplo.

Embora a ideia inicial do mentor do grupo, Sandy Pearlman, fosse da banda se tornar a versão norte-americana do Black Sabbath, o grupo acabou tomando um caminho próprio. Se o Blue Öyster Cult flertou com o Heavy Metal no início de sua trajetória, foi no Hard Rock que a banda acabou se encontrando.

Talvez a maior influência do Sabbath para o BÖC seja encontrada na temática obscura encontrada em boa parte das letras dos americanos, sendo bastante comum a abordagem a temas de terror e sombrios, com inspiração em autores como Edgar Allan Poe e Stephen King.

A característica interessante de diferentes músicos cantarem suas composições, presente em Agents Of Fortune, mostra a versatilidade dos integrantes da banda. Além disso, o instrumental de todo o álbum é bastante coeso e de alta qualidade.

As guitarras estão sempre presentes e apostam mais na melodia que “apenas” no peso. Se nos álbuns anteriores o Blue Öyster Cult se alternava entre Heavy Metal e Hard Rock, em Agents Of Fortune, o grupo aposta mais fortemente no Hard ‘setentista’, sempre esbanjando muita melodia, com ótimos toques de suavidade. Isto ocorre nas ótimas "This Ain't the Summer of Love", “Sinful Love” e “True Confessions”.

A excelente canção "(Don't Fear) The Reaper" é um grande clássico do Rock, faixa belíssima e empolgante que demonstra muito da qualidade dessa grande banda que é o Blue Öyster Cult.

Tanto o álbum Agents Of Fortune quanto o Blue Öyster Cult são recomendados e obrigatórios para todos os fãs de um bom Rock And Roll, especialmente quem curte Hard Rock com bastante melodia.

2 comentários:

  1. O álbum que colocou o Blue Öyster Cult no mapa, para mim, fica em segundo plano em relação aos três primeiros discos, mas nem por isso é ruim - é que a banda tem muita coisa boa gravada. Minha introdução à banda foi por meio do "Extraterrestrial Live", que comprei ainda em vinil, e que permanece, na minha opinião, a melhor introdução à carreira da banda disponível num só CD. Mas voltando a "Agents of Fortune", acho que as quatro melhores músicas do álbum estão localizadas entre as cinco primeiras faixas (apenas "True Confessions" não fica entre as melhores), com "E.T.I." no posto da minha música favorita do BÖC. Às vezes penso que as pessoas que colocaram "Don't Fear the Reaper" nas paradas não prestaram muita atenção à música...

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    1. Engraçado, o Agents tá no meu top 3 da banda. Mas gosto, claro, é absolutamente pessoal. Abraço, amigo!

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