4 de agosto de 2020

BOB SEGER - BEAUTIFUL LOSER (1975)



Beautiful Loser é o oitavo álbum de estúdio do músico norte-americano chamado Bob Seger. O lançamento oficial do disco ocorreu em abril de 1975, através do selo Capitol Records. As gravações aconteceram no Muscle Shoals Sound Studios, em Sheffield, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Punch Andrews, da banda do Muscle Shoals e do próprio Bob Seger.

 

O famoso cantor e compositor, Bob Seger, chega às páginas do RAC com seu álbum Beautiful Loser, o qual o leitor poderá conhecer melhor agora. Antes, como de praxe, um pouco do histórico do músico.



 

Primórdios

 

Robert Clark Seger nasceu em Detroit, Estados Unidos, em 6 de maio de 1945.

 

O pai de Seger, Stewart, trabalhava na fábrica da Ford e tocava muitos instrumentos musicais o que propiciou a Bob um contato com a música em uma idade ainda muito pequena.

 

Stewart abandonou a família quando Seger estava com 10 anos de idade, deixando-os em situação financeira muito complicada. Ele afirma que suas primeiras influências musicais foram Little Richard e Elvis Presley.

 

Primeiros Projetos Musicais

 

Bob Seger chegou ao cenário musical de Detroit em 1961, liderando um trio denominado The Decibels. A banda incluía Seger na guitarra, piano, teclados e vocais, Pete Stanger na guitarra e H.B. Hunter na bateria.

 

O The Decibels gravou uma demo, uma música chamada "The Lonely One", no estúdio de Del Shannon, em 1961. Além de ser a primeira música original de Seger, "The Lonely One" foi sua primeira música a ser tocada no rádio, mesmo que apenas  uma vez em uma estação de rádio de sua escola.

 

Depois que o The Decibels se separou, Seger se juntou ao Town Criers, um quarteto com Seger nos vocais, John Flis no baixo, Pep Perrine na bateria e Larry Mason na guitarra. O Town Criers fazia covers de músicas como "Louie Louie", e começou a ganhar seguidores.

 

Enquanto isso, Seger estava ouvindo James Brown e também foi amplamente influenciado pela música dos Beatles, uma vez que a banda britânica chegou às praias americanas em 1964.

 

Quando o Town Criers começou a conseguir mais shows, Bob Seger conheceu um homem chamado Doug Brown,o qual liderava uma banda chamada The Omens.

 

Seger se juntou ao Doug Brown & The Omens, que provavelmente tinha um número maior de seguidores do que o Town Criers. Enquanto Doug Brown era o vocalista principal do grupo, Seger assumia a liderança em algumas músicas – especialmente os números de R&B.

 

Foi com esse grupo que Seger apareceu pela primeira vez em uma gravação lançada oficialmente: o single de 1965, "TGIF", apoiado por "First Girl", creditado a Doug Brown e The Omens.

 

Seger também apareceu na paródia que a Doug Brown e The Omens fez da música "Ballad of the Green Boets", de Barry Sadler, que foi reintitulada "Ballad of the Yellow Beret". Logo após seu lançamento, Sadler e sua gravadora ameaçaram Brown e sua banda com um processo e a gravação foi retirada do mercado.

 

Enquanto Bob era membro do The Omens, ele conheceu seu manager de longa data, Edward "Punch" Andrews, que na época tinha uma parceria com Dave Leone, dirigindo a franquia Hideout, que consistia em quatro clubes locais, de Clawson a Rochester Hills, onde bandas locais tocavam e coordenava uma gravadora de pequena escala.

 

Seger começou a escrever e produzir para outros artistas que Punch estava gerenciando, como Mama Cats and the Mushrooms (esta com Glenn Frey, do Eagles).

 

Seger e Doug Brown foram abordados por Punch e Leone para escrever uma música para a The Underdogs, outra banda local que recentemente teve um sucesso com uma música chamada "Man in the Glass". Seger contribuiu com uma música chamada "East Side Story", que acabou sendo um fracasso para a The Underdogs.

 

Mesmo assim, Seger decidiu gravar "East Side Story", e deixou oficialmente o The Omens (apesar de manter Doug Brown como produtor). Como Bob Seger and the Last Heard, Seger lançou sua versão da música pela Hideout Records em janeiro de 1966, e se tornou seu primeiro grande sucesso na cidade de Detroit. O single vendeu 50.000 cópias, principalmente na área de Detroit, e levou a um contrato com a Cameo-Parkway Records.

 

O nome "The Last Heard" logo se tornou a denominação permanente da banda de apoio de Seger, que consistia em Pep Perrine na bateria, Carl Lagassa na guitarra e Dan Honaker no baixo.

 

Depois de "East Side Story", o grupo lançou mais quatro singles: "Sock It to Me Santa", "Persecution Smith", "Vagrant Winter" e "Heavy Music", esta, lançada em 1967.

 

"Heavy Music", que vendeu ainda mais cópias do que "East Side Story", tinha potencial para estourar nacionalmente, mas a Cameo-Parkway de repente saiu dos negócios. A música permaneceria no show ao vivo de Seger por muitos anos.


Bob Seger

 

Depois que a Cameo-Parkway quebrou, Seger e Punch começaram a procurar um novo selo. Na primavera de 1968, Bob Seger and the Last Heard assinaram contrato com a gravadora Capitol Records, recusando a Motown Records, que ofereceu mais dinheiro que a Capitol, mas Seger achava que a Capitol era mais apropriada para seu gênero do que a Motown.

 

The Bob Seger System

 

A Capitol mudou o nome da banda para The Bob Seger System. Na transição entre as gravadoras, o guitarrista Carl Lagassa deixou a banda e o tecladista Bob Schultz se juntou ao grupo.

 

O primeiro single do System com a Capitol foi a música anti-guerra "2 + 2 =?", a qual refletia uma mudança acentuada nas atitudes políticas de Seger.

 

O single foi novamente um sucesso em Detroit e alcançou o número 1 em estações de rádio em Buffalo, Nova York e Orlando.

 

O segundo single do The Bob Seger System foi "Ramblin' Gamblin' Man". Foi um grande sucesso em Michigan, e também se tornou o primeiro sucesso nacional de Seger, chegando ao 17º lugar.

 

O sucesso da música levou ao lançamento de um álbum com o mesmo título em 1969. O álbum Ramblin' Gamblin' Man alcançou a 62ª posição na parada de álbuns da Billboard.

 

Seger não conseguiu acompanhar esse sucesso. Para o próximo álbum, o cantor e compositor Tom Neme se juntou ao The System, escrevendo e cantando a maioria das músicas, pelas quais o grupo foi fortemente criticado. O álbum, chamado Noah (1969), não conseguiu chegar às paradas, levando Seger a deixar brevemente a indústria da música e cursar faculdade.

 

Posteriormente, ele voltou no ano seguinte e lançou o álbum final do System, Mongrel, de 1970, desta vez sem Tom Neme. Bob Schultz também deixou a banda, sendo substituído por Dan Watson. Mongrel, com o poderoso single "Lucifer", foi considerado um álbum forte por muitos críticos e fãs de Detroit, mas não conseguiu se sair bem comercialmente.

 

Solo

 

Depois que Mongrel não conseguiu atingir o sucesso de Ramblin' Gamblin' Man, o System acabou. Por um curto período de tempo após a separação, Seger teve ambições de ser um ato de um homem só.

 

Em 1971, Seger lançou seu primeiro álbum solo, Brand New Morning, totalmente acústico. O álbum foi um fracasso comercial e levou à saída de Seger da Capitol Records.

 

Seger, tendo recuperado o interesse por formar uma banda, começou a tocar com a dupla Teegarden & Van Winkle, com quem, em 1970, lançou um single com "God, Love and Rock & Roll". Juntos, eles gravaram o disco Smokin' O.P. (1972), lançado pela Palladium Records, de Punch Andrews.

 

O álbum consistiu principalmente de covers, gerando um pequeno sucesso com uma versão de "If I Were a Carpenter", de Tim Hardin, embora tenha apresentado "Someday", uma original de Seger e o relançamento de “Heavy Music”.

 

Depois de passar a maior parte de 1972 em turnê com Teegarden & Van Winkle, Seger deixou a dupla para montar uma nova banda de apoio, conhecida como My Band and the Borneo Band, composta por músicos de Tulsa, Oklahoma.

 

Jamie Oldaker, Dick Sims e Marcy Levy eram todos membros da My Band antes de ingressarem na banda de apoio de Eric Clapton.

 

Em 1973, Seger lançou Back in '72, gravado em parte com a Muscle Shoals Rhythm Section, um renomado grupo de músicos que gravaram com nomes como J. J. Cale e Aretha Franklin.

 

'72, apresentava a versão em estúdio do clássico ao vivo de Seger, "Turn the Page"; "Rosalie", uma música que Seger escreveu sobre a diretora musical da CKLW, Rosalie Trombley, (e que mais tarde foi gravada pelo Thin Lizzy); e "I've Been Working", uma música originalmente de Van Morrison, uma forte influência no desenvolvimento musical de Seger.

 

Apesar da força dos músicos de backup de Seger, o álbum alcançou apenas 188ª colocação nas paradas dos EUA e, desde então, desapareceu na obscuridade. Mesmo assim, ‘72 e sua turnê de apoio marcam o início dos relacionamentos de longa data de Seger com o futuro saxofonista da Silver Bullet Band, Alto Reed, a poderosa vocalista feminina Shaun Murphy e a Muscle Shoals Rhythm Section.



Durante a turnê, a My Band provou não ser confiável, o que frustrou Seger. No final de 1973, Seger havia deixado a My Band em busca de uma nova banda de apoio. Ao longo de 1974–75, Seger continuou a se apresentar em locais em torno de sua cidade natal, enquanto era conhecido como Bob Seger Group, incluindo um renomado concerto em Davisburg, chamado de 'Battle of the Bands'.

 

The Silver Bullet Band

 

Em 1974, Seger formou a Silver Bullet Band. Seus membros originais eram o guitarrista Drew Abbott, o baterista e vocalista Charlie Allen Martin, o tecladista Rick Manasa, o baixista Chris Campbell e o saxofonista Alto Reed.

 

Com essa nova banda, Seger lançou o álbum Seven (1974), que continha o hit "Get Out of Denver". Esta faixa foi um sucesso moderado, alcançando a 80ª posição em nível nacional.

 

Beautiful Loser

 

Em 1975, Seger lançaria Beautiful Loser. Este álbum marcou o retorno de Seger à Capitol Records após quatro anos.

 

O álbum contou principalmente com músicos da Muscle Shoals Rhythm Section (uma vez que foi gravado naquele estúdio), mas os membros da Silver Bullet Band foram usados separadamente em algumas músicas e juntos em "Nutbush City Limits", uma música cover de Ike & Tina Turner.

 

A produção ficou por conta de Bob Seger, da Muscle Shoals Rhythm Section e de Punch Andrews.

 

Vamos às faixas:

 

BEAUTIFUL LOSER

 

“Beautiful Loser” é um Rock simples e bem direto, com o órgão em destaque, dominando a canção. O resultado final é ótimo, especialmente o refrão.

 

A letra fala sobre falta de ambição:

 

He'll never make any enemies

Enemies, no

He won't complain

If he's caught in a freeze

He'll always ask

He'll always say, please

 



“Beautiful Loser” foi lançada como single, mas não atingiu as principais paradas de sucesso internacionais. Entretanto, quando foi regravada, no disco ao vivo Live’ Bullet, de 1976, acabou se tornando uma canção conhecida de Seger.

 

A música é sobre pessoas que estabelecem seus objetivos tão baixos que nunca alcançam nada. Seger teve a idéia para a música quando leu Beautiful Losers, um romance escrito por Leonard Cohen. Ao contrário do que muitos acreditavam, a música não é sobre o próprio Seger.

 

Ele demorou mais de um ano para terminar a música, e Seger compôs três ou quatro versões da mesma antes de escolher uma que funcionasse.

 

Versões de “Beautiful Loser” foram feitas pela banda Point Blank e por John English.

 

BLACK NIGHT

 

O swing contagiante presente em “Black Night” traz a música para um viés R&B, embora seja inegavelmente uma faixa Rock. A guitarra de Pete Carr é um destaque.

 

A letra possui certo misticismo:

 

The stars may shimmer in the black sky

The wind may rustle in the trees

You may be worried he may psych you

You might be praying on your knees

 

KATMANDU

 

Esta é uma composição muito divertida e bastante interessante. “Katmandu” possui um viés Rockabilly com aquele espírito cinquentista revivido de modo inegavelmente eficiente. Grande canção!

 

A letra é bem divertida:

 

I'm going to Katmandu

Up to the mountain's where I'm going to.

And if I ever get out of here

That's what I'm gonna do



 

“Katmandu” foi lançada como single e alcançou o 43º lugar na parada da Billboard, tornando-se, até então, o single de maior sucesso de Seger desde "Ramblin' Gamblin' Man".

 

A música se refere à cidade de Kathmandu, capital do Nepal, embora não haja evidências de que Seger tenha ido de fato até lá. Após o terremoto nepalês de 2015, Seger disse que seu "coração disparou" pela cidade.

 

A música foi apresentada na trilha sonora do filme Mask de 1985, estrelado por Cher e Eric Stoltz. A canção também apareceu como parte da trilha sonora de episódios das séries de televisão Freaks and Geeks e Supernatural.

 

JODY GIRL

 

“Jody Girl” é uma balada bastante intimista, com a ótima atuação vocal de Bob Seger tendo o protagonismo.

 

A letra traz um tom de decepção:

 

Used to bring you flowers every day

Now you sit here on a cloudy afternoon

Watchin' a soap opera on t.v

Your old man's workin'

And your kids are out playin'

And you're not feelin' too free

 

TRAVELIN’ MAN

 

“Travelin’ Man” conta com um viés Country e também conta com este viés ameno e suave. Uma canção bem interessante.

 

A letra é sobre liberdade:

 

Women have come

Women have gone

Everyone tryin' to cage me

Someone so sweet

I barely got free

Others, they only enraged me

 

MOMMA

 

Outra música com uma interpretação vocal bem sentimental de Seger e que dá uma nova dimensão a mais uma boa balada.

 

A letra é uma homenagem às mães:

 

But

Momma she never told me a lie

Momma she never told me a lie

 

NUTBUSH CITY LIMITS

 

A guitarra afiada de Drew Abboott traz um viés Hard para esta ótima versão para “Nutbush City Limits”. Uma verdadeira porrada!

 

A letra se refere à cidade de Nutbush:

 

Hey

The people keep the city clean

They call it nutbush, nutbush

Nutbush city

Nutbush city limits

 

A canção se tornou um clássico da carreira de Bob Seger, sendo presença constante em suas apresentações.

 

Trata-se de uma versão para “Nutbush City Limits”, clássico de Ike &Tina Turner.

 

SAILING NIGHTS

 

Mais uma aula de interpretação e de canto é oferecida por Seger na tocante “Sailing Nights”, uma canção com viés mais sombrio e introspectivo.

 

A letra reflete sobre seguir em frente:

 

And the sea, it softly beckons

Come and go

Where you've not been

With the dawning of a new day

I'm gone, again.

Lonely sailing nights, ...

 

FINE MEMORY

 

A nona – e última – faixa de Beautiful Loser é “Fine Memory”. O disco se encerra com mais uma música intimista e de sonoridade contida. Entretanto, condiz perfeitamente com a proposta do trabalho.

 

A letra se remete a um amor passado:

 

Such a fine memory

I know

I'm gonna take it with me

I'm going to take it

Far as I go

I'm going to take it

Far as I go

 

Considerações Finais

 

Em termos de paradas de sucesso, Beautiful Loser atingiu apenas o 131º da principal parada norte-americana, a Billboard 200.

 

À medida que Seger foi consolidando o ápice de sua carreira, o álbum passou a ser mais procurado e foi um sucesso tardio.

 

Stephen Thomas Erlewine, do site AllMusic, dá uma nota 4,5 (em 5) ao disco, descrevendo-o: “De qualquer forma, Beautiful Loser pode errar um pouco a favor da reflexão, com grande parte do álbum dedicado a cortes introspectivos e confessionais em sua metade. Existem algumas exceções à regra, é claro - "Katmandu" ruge com humor, e seu cover de "Nutbush City Limits" envergonha o original de Tina Turner - mas elas são os únicos rock a todo vapor, com "Black Night” chegando como um primo descolado e arrogante”.

 

Por fim, Erlewine define: “Ocasionalmente, pode ser um pouco sentimental demais para alguns gostos, mas tudo é sincero e ele escreveu algumas músicas maravilhosas aqui, principalmente o coração do álbum de "Jody Girl" e "Travelin' Man"”.

 

Em abril de 1976, Seger e a Silver Bullet Band lançaram o álbum Live Bullet, gravado durante duas noites na Cobo Arena de Detroit, em setembro de 1975. Continha a versão de Seger de "Nutbush City Limits", bem como a versão clássica de Seger sobre a vida na estrada, "Turn the Page", de Back in '72. O álbum também incluiu seus lançamentos bem-sucedidos do final dos anos 1960 - "Heavy Music" e "Ramblin' Gamblin' Man".

 

Beautiful Loser supera a casa de 2 milhões de cópias vendidas.



 

Formação:

Bob Seger - Vocal (todas as faixas), Guitarra (4, 5, 9), slide guitar (3), gaita (3), piano (4)

Muscle Shoals Rhythm Section (todas as faixas, exceto 4 e 7):

Barry Beckett - Piano de cauda, Órgão, Sintetizador, Piano elétrico

Pete Carr - Guitarra, Violão

Roger Hawkins - Bateria, Percussão

David Hood - Baixo

Jimmy Johnson – Guitarra-base

Spooner Oldham - Órgão, Piano elétrico

Muscle Shoals Horn Section (faixa 3):

Harrison Calloway - Trompete

Ron Eades - Saxofone barítono

Charles Rose - Trombone

Harvey Thompson - Saxofone tenor

Silver Bullet Band (faixa 7):

Drew Abbott - Guitarra

Chris Campbell - Baixo

Charlie Martin - Bateria

Robyn Robbins - Órgão

Músicos adicionais:

Drew Abbott - Guitarra (2, 3)

Kenny Bell - Guitarra (3)

Pete Carr - solo de guitarra (6)

Tom Cartmell - Saxofone (7)

Paul Kingery - solo de guitarra (7)

Robyn Robbins - Mellotron (4)

Stoney & Rocky - Backing Vocals (3)

 

Faixas:

01. Beautiful Loser (Seger) - 3:29

02. Black Night (Seger) - 3:24

03. Katmandu (Seger) - 6:09

04. Jody Girl (Seger) - 3:41

05. Travelin' Man (Seger) - 2:41

06. Momma (Seger) - 3:22

07. Nutbush City Limits (Turner) - 3:57

08. Sailing Nights (Seger) - 3:18

09. Fine Memory (Seger) - 2:56

 

Letras:

Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: https://www.letras.mus.br/bob-seger/

 

Opinião do Blog:

O RAC demorou bastante para trazer o ótimo Bob Seger até suas páginas.

 

Em sua longa carreira, Seger passeia pela história da música norte-americana, apresentando diferentes sonoridades como influências, como o Blues, o R&B e o Country, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, sem nunca abrir mão de uma roupagem Rock.

 

Este comentarista tem na fase Silver Bullet Band sua preferida da carreira de Seger, mas não abre mão de admirar outros momentos da vasta discografia do músico norte-americano: como Beautiful Loser.

 

Neste álbum aqui apresentado, Seger traz uma coleção de canções com um viés introspectivo, de sonoridades mais amenas e contidas, com letras normalmente autobiográficas, mas de alto valor melódico. “Jody Girl”, “Travelin’ Man” e “Sailing Nights” são ótimos exemplos.

 

Mas o lado roqueiro dá às caras em faixas vibrantes como as ótimas “Katmandu” e o vibrante cover de “Nutbush City Limits”.

 

Concluindo, Bob Seger tem uma vasta e interessante carreira que o RAC recomenda que o ouvinte conheça. Beautiful Loser ainda não é seu máximo expoente, mas traz uma coleção de canções tocantes e emocionantes.


4 comentários:

  1. Um belo álbum de um músico que penou para alcançar o sucesso. Normalmente as pessoas lembram do Bob Seger por causa do excelente "Live Bullet", o melhor álbum ao vivo da história gravado em Detroit (sim, estou sacaneando com os fãs do Kiss) e se esquecem do trabalho anterior. Seger tem muitos discos legais, espero vê-lo de novo no Rock: Álbuns Clássicos.
    Antes de concluir: a Silver Bullet Band era boa demais, nunca entendi porque Seger acabava gravando com músicos de estúdio na maioria de seus discos. Para mim, como banda de apoio, está no mesmo nível da E-Street Band e dos Heartbreakers de Tom Petty.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu gosto demais do Seger, já devorei sua discografia. Eu concordo com quem aponta a fase com a Silver Bullet como a "melhor", mas acho 'criminoso' renegar o restante. O Beautiful Loser é um disco que fica melhor a cada audição. Pena, também, que me falta muita coisa na cleção dele... Bom, meu amigo, espero publicar novamente sobre o Seger uma nova oportunidade. Abraço!

      Excluir
  2. Os discos entre 1972 e 75 do Bob Seger são uniformemente bons! Mencionei a Silver Bullet Band por causa da qualidade da banda, que era muito boa mesmo, todos eles eram bons instrumentistas. Infelizmente também é um cara que me falta muita coisa na coleção...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, meu caro, não me referi a você, mas vejo gente desprezando os discos sem a "Bullet". É meio difícil achar alguns CD's do Seger sem preços exorbitantes...Abraço!

      Excluir