Eternal Devastation é o segundo álbum de estúdios da banda alemã Destruction. Seu lançamento oficial aconteceu em 12 de julho de 1986, através do selo SPV. As gravações ocorreram em abril daquele mesmo ano, no Studio Hiltpoltstein, na Alemanha. A produção ficou a cargo de Manfred Neuner.
Dia de estreia no Blog, com um disco da clássica banda Destruction.
Formação
A história começa em 1983. O guitarrista Michael "Mike" Sifringer está em busca de um baixista, após convidar o vocalista Ulf e o baterista Thomas "Tommy" Sandmann para formar uma banda. Não havia muitos “metaleiros” na região, mas eles encontram Marcel Schirmer.
Eles se conhecem porque tomam cerveja em uma discoteca nos fins de semana. O único problema é que Schirmer nunca havia tocado baixo. Mas para se juntar à banda, Marcel compra um baixo e Mike lhe ensina alguns truques.
Nessa época, o nome da banda é "Knight Of Demon" e o estilo musical é um som estilo Iron Maiden. Isso muda em poucas semanas e o Venom se torna a maior influência. Como o antigo nome não se encaixa mais, eles o mudam para "Destruction".
Depois de compor algumas músicas, os quatro planejam entrar em estúdio para gravar a primeira demo. Mas apenas duas semanas antes dessa data, Mike e Ulf brigam por causa de uma mulher. O conflito termina com a expulsão de Ulf da banda. Ter apenas duas semanas para encontrar um novo vocalista é impossível, então Marcel é forçado a cantar.
Após
a gravação de "Bestial Invasion Of Hell", os três
membros restantes estão muito felizes com o trabalho e querem pintar
o logotipo da banda em suas jaquetas. O vocalista Marcel não
trabalha com muita precisão, então a cor está borrada. A palavra
alemã para isso é "Schmier" e, a partir daquele dia, ele
passou a ser chamado de Schmier para sempre.
Em 1984, a banda fez seu primeiro show em Altenessen junto com Sodom, Iron Angel e um grupo chamado Tormentor (mais tarde chamado de Kreator).
No mesmo ano, a banda lançou seu primeiro EP, Sentence of Death. Era a coisa certa na hora certa. Foi a música mais pesada lançada até então, e não é de se admirar que a banda tenha sido eleita "Revelação do Ano" em uma enquete da Metal Hammer. A capa americana mostra outra foto, porque a Metal Blade não gostou da foto original da banda.
Um ano depois, a banda fez alguns shows do outro lado do Oceano Atlântico. O maior deles foi no Canadá, em um festival chamado Terceira Guerra Mundial, com nomes como Nasty Savage, Celtic Frost, Possessed, Voivod e Hallow's Eve, para um público entre 3 a 5 mil pessoas.
Primeiro disco
Em 1985, é lançado o primeiro disco, Infernal Overkill, eleito "Álbum do Ano" pelos leitores da Metal Hammer. A turnê seguinte reuniria o Destruction e o Slayer para dez shows na estrada.
Eternal Devastation
Eternal Devastation é o segundo álbum completo da banda alemã de thrash metal Destruction, lançado em 12 de julho de 1986.
O
disco apresenta que a banda, embora ainda enraizada no estilo de
material influenciado pelo speed metal/proto-black metal, evidente no
EP Sentence of Death e no Infernal Overkill, começava
a se mover na direção de um estilo de thrash metal mais
contemporâneo, para a época.
Vamos às faixas:
CURSE THE GODS
O disco se inicia com uma faixa densa, bastante pesada, mas em um ritmo mais cadenciado. Incrível.
A letra é uma crítica a religiões:
Curse the gods
Too many people have died
Curse the gods
That fools have died for a lie
CONFOUND GAMES
“Cofound Games” acelera um pouquinho, mantendo o peso e os vocais agressivos de Schmier.
A letra é sobre loucura:
Insane brain
The man's over the edge
Expect the sentence of the new strange creature
LIFE WITHOUT SENSE
“Life Without Sense” conta com um trabalho impressionante das guitarras de Mike Sifringer.
A letra fala sobre desespero:
Peopler turn their heads
Whenever you walk by
Because they believe
You live a life without sense
Life without sense
Life without sense
UNITED BY HATRED
Esta canção continua com a intensa trilha Thrash da banda, mas sendo mais direta.
A letra fala sobre o histórico conflito entre os povos germânicos e o império romano:
The people of the land
They suppress
Were born with
The free and wild spirit
Slavery they cannot bear
Rome's legions are charged to death
ETERNAL BAN
“Eternal Ban” é a menor música do álbum e é uma verdadeira porrada insana.
A letra fala sobre o público de metal:
long haired crowd
is going their own way
they are invincible
if together they stand
UPCOMING DEVASTATION
Toda instrumental, “Upcoming Devastation” mostra o Destruction experimentando novas possibilidades em seu som agressivo.
CONFUSED MIND
O início suave de “Confused Mind” pode até ludibriar, mas a faixa de encerramento do disco traz uma verdadeira porradaria thrash de primeira!
A letra fala de perversidade:
Rotten psyche, what I have done?
What I can do now it's time
Tomorrow comes, summer again
Butcher in me, kills for fun
Considerações Finais
Embora de qualidade indubitável, a proposta agressiva de Eternal Devastation não foi popular o suficiente para fazer o trabalho figurar nas principais paradas de sucesso, nem mesmo na alemã.
Foi com o passar do tempo e a internacionalização da banda que o disco se tornou um clássico do estilo Thrash Metal. Eduardo Rivadavia, do site AllMusic dá uma nota 4,5 (em 5) apontando: “… Eternal Devastation também pode ser o lançamento definitivo de sua carreira. Com seus vocais roucos e/ou estridentes, guitarras buzzsaw e bateria insistentemente básica, o álbum se juntou aos esforços iniciais de Kreator e Sodom para moldar a estética thrash teutônica mais áspera adotada pela maioria dos euro-moshers em resposta à invasão original americana do gênero”.
A banda conquistava cada vez mais fãs e as críticas eram sempre positivas. O grupo ficava cada vez maior; grande demais para Tommy. Como todos os outros membros, ele faz um estágio e decide seguir um caminho seguro trabalhando como policial.
Mais
uma vez, a banda enfrenta problemas por causa da saída de um membro.
As datas da turnê Eternal Devastation estão confirmadas e
eles não tinham baterista. Christian "Chris Witchhunter"
Dudek, do Sodom, resolve esse problema tocando bateria nesta
turnê. Ele não se tornaria um membro do Destruction.
Após
a turnê, Harald "Harry" Wilkens é o novo membro. Ele toca
a segunda guitarra. O novo baterista é Oliver "Olly"
Kaiser, vindo do jazz.
Tocando como um quarteto, a banda lança
o EP Mad Butcher em 1987.
Formação:
Marcel Schmier – Baixo, Vocal
Mike Sifringer – Guitarras
Thomas "Tommy" Sandmann – Bateria
Faixas:
Todas as faixas compostas pelo Destruction.
1. Curse the Gods - 6:02
2. Confound Games - 4:29
3. Life Without Sense - 6:24
4. United by Hatred - 5:04
5. Eternal Ban - 3:41
6. Upcoming Devastation - 4:06
7. Confused Mind - 6:06
Letras:
Para o conteúdo completo das letras, acesse:
https://www.letras.mus.br/destruction/
Opinião do Blog:
Marcamos a estreia do Thrash Alemão em nossas páginas com Eternal Devastation, do Destruction.
A banda faz um Thrash Metal que se tornaria clássico na forma das bandas germânicas construírem esta sonoridade: não espere muitos interlúdios melódicos de bandas como Metallica, Megadeth e companhia, aqui o negócio é ferocidade e agressividade o tempo todo.
Portanto, os riffs são viscerais e a atmosfera de uma urgência e de um sofrimento são constantes, tudo ainda é mais percebido através de uma seção rítmica frenética, a qual confere ainda mais peso à obra.
Se os vocais roucos e furiosos de Marcel Schmier não for um problema para você, Eternal Devastation vai te agradar em cheio. Destacamos “Life Without Sense”, “United by Hatred” e, claro, “Curse the Gods” como as favoritas.
Enfim, Eternal Devastation é um clássico do Thrash Metal mundial e uma real prova do poder de uma banda como o Destruction.
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