4 de fevereiro de 2017

DIRE STRAITS - DIRE STRAITS (1978)


Dire Straits é o primeiro álbum de estúdio da banda de mesmo nome, ou seja, o Dire Straits. Seu lançamento oficial aconteceu em 7 de outubro de 1978 através dos selos Vertigo e Warner Bros. As gravações ocorreram entre 13 de fevereiro e 5 de março daquele mesmo ano, no Basing Street Studios, em Londres, na Inglaterra. A produção ficou por conta de Muff Winwood.


O Blog traz pela primeira vez outro famoso e conhecido grupo, o Dire Straits, o qual ainda não havia aparecido por aqui. Brevemente, será contada a história da formação do conjunto para depois se passar ao faixa a faixa.

A história do Dire Straits se confunde com a de seu líder, o guitarrista e vocalista Mark Knopfler. E é a partir dele que o Rock: Álbuns Clássicos começará a contá-la.

Mark Knopfler nasceu em Glasgow, na Escócia, em 12 de agosto de 1949. Seu irmão, David, também nasceu em Glasgow, em 1952.

Durante os anos 60, já morando no nordeste da Inglaterra, Mark formou e se juntou a bandas colegiais, enquanto ouvia cantores como Elvis Presley e guitarristas do porte de Chet Atkins, Scotty Moore, B.B King, Django Reinhardt, Hank Marvin e James Burton.

Aos 16 anos, Mark fez uma aparição na televisão local, como parte de um dueto, com seu colega Sue Hercombe.

Em 1968, depois de estudar jornalismo por um ano na Harlow College, Mark Knopfler foi contratado como repórter júnior, na cidade inglesa de Leeds, para trabalhar no jornal local chamado Yorkshire Evening Post.

Dois anos mais tarde, ele se decidiu a continuar com seus estudos, graduando-se em Licenciatura em Inglês, na Universidade de Leeds.

Em abril de 1970, enquanto vivia em Leeds, Mark Knopfler gravou a demo de uma canção original, a qual havia escrito, chamada “Summer's Coming My Way”. Na gravação, a formação continha Knopfler (guitarra e vocal), Steve Phillips (guitarra), Dave Johnson (baixo) e Paul Granger (percussão). Johnson e Granger, mais o vocalista Mick Dewhirst, tocaram com Knopfler em uma banda chamada Silverheels.

Em 1973, Knopfler se mudou para Londres, juntando-se a uma banda chamada Brewers Droop, aparecendo no álbum The Booze Brothers.

Uma noite, ao passar um tempo com os amigos, a única guitarra disponível para brincar era uma velha e acústica, em estado tão precário que era praticamente impossível de se tocar. Mesmo assim, Mark descobriu que a única maneira de tocá-la era não usar palhetas, usando diretamente seus dedos.

Ele disse, em uma entrevista posterior, “Isso foi quando eu encontrei a minha “voz” na guitarra”.

Após um breve período com o Brewers Droop, Mark Knopfler conseguiu um emprego como professor na Loughton College, em Essex - uma posição a qual ocupou por três anos.

Mark Knopfler

Durante todo esse tempo, ele continuou tocando em bandas locais, nos tradicionais Pubs londrinos, incluindo um grupo chamado Café Racers. Ele também formou um duo com o bluesman Steve Phillips chamado The Duolian String Pickers.

Em meados da década de 1970, Knopfler dedicou grande parte de suas energias musicais para seu grupo, o Café Racers.

Seu irmão, David, mudou-se para Londres, onde dividia um apartamento com John Illsley, um guitarrista que havia a pouco se mudado para o baixo.

Em Abril de 1977, Mark desistiu de seu apartamento em Buckhurst Hill e foi morar com David e John. Os três começaram a tocar música juntos, e logo Mark convidou John para se juntar ao Café Racers.

Assim, o começo do Dire Straits se inicia no ano de 1977, em uma região no sudeste de Londres chamada Deptford.

Os irmãos Mark (guitarra e vocal) e David Knopfler (guitarra) se juntaram ao baixista John Illsley e ao baterista Pick Withers para formarem uma nova banda.

O nome do conjunto teria surgido através de um colega de quarto e músico do baterista Pick Withers enquanto o grupo ensaiava na cozinha de um amigo chamado Simon Cowe.

A banda gravou uma fita demo, de cinco músicas, que incluía seu futuro hit, “Sultans of Swing”, bem como “Water of Love”, “Down to the Waterline”, “Wild West End” e “Sacred Loving”, esta, uma composição de David Knopfler.

Após uma apresentação no Rock Garden, em 1977, o grupo levou uma fita demo para a gravadora MCA, mas foi rejeitada.

Em seguida, a banda procurou um DJ, Charlie Gillett, o qual tinha um programa de rádio, chamado “Honky Tonk”, na BBC Radio London. O grupo, simplesmente, queria conselhos, mas Gillett gostou da música, tanto que tocou “Sultans of Swing” em seu show.

Dois meses depois, o Dire Straits assinou um contrato de gravação com a Vertigo Records.

Em Outubro de 1977, a banda gravou demos de “Southbound Again”, “In The Gallery” e “Six Blade Knife” para a BBC Radio London; em novembro, foram feitas demos de “Setting Me Up”, “Eastbound Train” e “Real Girl”.

Já em fevereiro de 1978, o grupo passa a trabalhar em seu primeiro álbum de estúdio, o qual teria o mesmo nome da banda: Dire Straits.

John Illsley

Dire Straits foi gravado no Basing Street Studios em Londres, de 13 de fevereiro a 5 de março de 1978.

Mark Knopfler usou diferentes guitarras para a gravação, incluindo duas Fender Stratocaster vermelhas (um modelo de 1961 (número de série 68354) e uma de 1962 (número de série 80470)). Também utilizou uma National Style O 14 fret guitar, de 1938 (número de série B1844), em “Water of Love” e “Wild West End”; além de uma Thinline Telecaster preta (número de série 226254) em “Setting Me Up”.

O álbum foi produzido por Muff Winwood e o engenheiro de som era Rhett Davies.

A arte da capa do disco foi retirada de uma pintura de autoria de Chuck Loyola. O ícone Dire Straits Fender, que aparece na contracapa, foi desenhado por Jeff Halpern.

Vamos às faixas:

DOWN TO THE WATERLINE

Já nos primeiros momentos da canção, o ouvinte sente a pegada diferente e criativa da guitarra de Mark Knopfler. O forte da composição é o seu ritmo malemolente e a beleza de sua melodia, além, claro, dos solos de guitarra de Mark. Ótimo começo!

A letra pode ser interpretada como referência a despedidas:

She can see him on the jetty where they used to go
She can feel him in the places where the sailors go
When she's walking by the river and the railway line
She can still hear him whisper
Let's go down to the waterline

A letra de “Down to the Waterline” descreve um breve encontro sexual.

De acordo com o irmão e companheiro de Mark Knopfler, David, as imagens descritas na canção são baseadas em memórias de Mark ao caminhar ao longo do rio Tyne, à noite, sob as luzes com sua namorada enquanto ele era um adolescente.

Cary Darling, da Billboard, elogia a letra, apontado-a como “incisiva”, mas “não clichê”. O autor Joel McNally descreve como “a banda aparece fora da névoa” para iniciar a música, observando que o efeito soa como “não piegas”.

A revista britânica Hi-Fi News & Record Review descreveu a canção como “saltitante e incisiva”. O guia The Rolling Stone Album Guide comentou sobre o “groove galopante” da faixa.

“Down to the Waterline”, mais tarde, apareceu no álbum ao vivo Live at the BBC (1995) e na coletânea Money for Nothing, de 1988.



WATER OF LOVE

O baixo de John Illsley domina a faixa "Water of Love", ditando seu ritmo mais lento, mas repleto de uma melodia que remete à uma certa latinidade. A guitarra de Mark Knopfler corta a canção em diferentes momentos.

A letra se refere a um relacionamento amoroso do passado:

Water of love deep in the ground
But there ain't no water here to be found
Some day baby when the river runs free
It's gonna carry that water of love to me


Lançada como single, não obteve maior repercussão em termos de paradas de sucesso desta natureza.

“Water of Love” é uma das cinco músicas as quais a editora de Knopfler gravou em versões country e lançou demos, sem a aprovação de Mark, levando a uma série de versões no estilo Country de suas canções por artistas do gênero.

O resultado foi a versão cover gravada pela dupla Country norte-americana chamada The Judds, que apareceu em seu álbum River of Time (1989) e foi um single na Alemanha. Wynonna Judd forneceu uma linha vocal descrita como “noturna e misteriosa” e o próprio Knopfler tocou guitarra na versão das The Judds.

Alex Bollard e Lex Vandyke também fizeram versões para a faixa.



SETTING ME UP

Já em "Setting Me Up", é perceptível uma pegada que lembra a de grupos do Southern Rock, como The Allman Brothers Band e Lynyrd Skynyrd. A guitarra de Mark está "endiabrada", com solos aguçados e envolventes. Grande canção!

Novamente, a letra fala de relacionamento amoroso:

You think I care about your reaction
You think I don't understand
All you wanted was a piece of the action
Now you talk about another man

“Setting Me Up” também foi elogiada pela crítica especializada quando de seu lançamento com o álbum Dire Straits.

Faz parte das 5 canções que já citamos acima, as quais foram lançadas em versão Country. Assim, o grupo de música Country norte-americano chamado Highway 101 fez uma versão para “Setting Me Up”, lançada em seu álbum Highway 101², de 1988.

A canção apareceu no disco duplo ao vivo de Eric Clapton, Just One Night, de 1980, com Albert Lee nos vocais. O próprio Albert Lee havia feito uma versão para a faixa em seu álbum Hiding, de 1979, com harmonias vocais cantadas por Don Everly.



SIX BLADE KNIFE

Novamente, há a pujança do baixo de Illsley dominando o ritmo de "Six Blade Knife", a qual possui um andamento mais arrastado e, simultaneamente, em contraponto, um ar sombrio. A base Bluesy permite que a guitarra de Mark se destaque de modo muito agradável. Outra grande música!

A letra é uma brincadeira sobre riscos na vida:

Everybody got a knife it can be just what they want it to be
A needle a wife or something that you just can't see



SOUTHBOUND AGAIN

"Southbound Again" é curta, mas repleta de melodia, contando com um ritmo envolvente e contagiante. Somente para variar, Mark Knopfler faz verdadeiras misérias com sua guitarra, de modo simples, mas repleto de feeling.

A letra fala sobre memórias passadas:

Soutbound again last night I felt like crying
Right now I'm sick of living
But I'm going to keep trying



SULTANS OF SWING

Uma das mais famosas e reconhecidas linhas de guitarra marca o início do clássico atemporal "Sultans of Swing". Tanto a seção rímica quanto a base de David Knopfler brilham, criando a sustentação melódica sobre a qual a guitarra de Mark deslancha seu feeling absurdo. Os vocais são corretos e a melodia, extremamente criativa, contagia o ouvinte. Composição excepcional!

A letra é uma homenagem a diferentes músicos e canções:

And Harry doesn't mind if he doesn't make the scene
He's got a daytime job, he's doin' alright
He can play the "Honk Tonk" like anything
Savin' it up for friday night
With the "Sultans"
With the "Sultans of Swing"



A inspiração para a canção teria vindo a Mark Knopfler após assistir a uma banda de jazz, tocando no canto de um pub praticamente deserto, em Deptford, no sul de Londres. Ao final de sua performance, o vocalista do grupo anunciou que eles eram os “Sultans of Swing”, e Knopfler encontrou o contraste entre a aparência deselegante do grupo e dos arredores e seu nome divertidamente grandioso.

Após ter sido gravada na demo que a banda apresentou ao DJ Charlie Gillet, “Sultans of Swing” foi, em seguida, regravada, em fevereiro de 1978, na Basing Street Studios para o álbum de estreia da banda, Dire Straits. Foi produzida pelo irmão de Steve Winwood (Blind Faith, entre outros), Muff Winwood. Na gravação, Knopfler usou a técnica de guitarra conhecida como finger picking. (Nota do Blog: o chamado Fingerstyle é uma técnica de tocar violão/guitarra/baixo, em que se toca apenas com os dedos, sem o uso da palheta. Ele é tocado predominantemente em guitarra acústica com cordas em aço e é caracterizado esteticamente por uma orientação em torno dos Blues).

Foi lançada como single, em maio de 1978, sem causar muita comoção. Mas, ao ser relançada, também como single, alcançou a excelente 8ª posição na principal parada britânica desta natureza, atingindo a estupenda 4ª colocação em sua correspondente norte-americana.

Aliás, o single chegou a vender 200 mil cópias no Reino Unido. Também a crítica especializada recebeu muito positivamente a composição.

O extinto jornal britânico Record Mirror colocou “Sultans of Swing” na décima posição de sua lista de melhores canções daquele ano. Em 1992, a revista norte-americana Life, também colocou a música em sua lista de 5 melhores canções do ano de 1979. Em 1993, Paul Williams colocou a faixa em seu livro Rock and Roll: The 100 Best Singles.

A música também faz parte da lista The Rock and Roll Hall of Fame's 500 Songs that Shaped Rock and Roll, feita pelo Hall da Fama do Rock, nos Estados Unidos. Em 2006, a revista Mojo colocou “Sultans of Swing” em sua lista 50 best British songs.

Já o solo de guitarra da composição alcançou a 22ª posição da lista de melhores solos de guitarra, da revista norte-americana Guitar World e, também, a 32ª colocação da lista greatest guitar songs, da revista norte-americana Rolling Stone.

Mark Knopfler improvisou e expandiu o solo durante performances ao vivo. A gravação presente no álbum ao vivo Alchemy, de 1984, apresenta um dos improvisos de guitarra mais notáveis de Knopfler, esticando a música para cerca de 11 minutos.

Outra versão ao vivo memorável da composição veio em um concerto em 1988, na comemoração dos 70 anos de Nelson Mandela, em Londres, quando Eric Clapton se juntou à banda para tocar a música, tocando a guitarra-base. (Nota do Blog: Nelson Rolihlahla Mandela, foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou “Tata” (Pai)).

A faixa principal da música (com um mais longo e sombrio final) é destaque no game Guitar Hero 5 e no filme Argo, de 2012, dirigido e estrelado por Ben Affleck.

O System of a Down incluiu uma versão curta da música em alguns de seus sets ao vivo, com as letras alteradas de “We are the Sultans of Swing” para “We are System of a Down”.



IN THE GALLERY

O ritmo mais arrastado em conjunto com o baixo pulsante de Illsley denotam certa influência Reggae na musicalidade de "In the Gallery". Há passagens, especialmente próximo ao refrão, com uma levada muito suave e com a melodia bastante Pop. Ótimo solo de guitarra de Mark, bem no meio da execução da faixa.

A letra conta a história do artista de Leeds, Harry Phillips:

No lies he wouldn't compromise
No junk no bits of string
And all the lies we subsidise
That just don't mean a thing
I've got to say he passed away in obscurity
And now all the the vultures are comming down from the tree
So he's going to be in the gallery



WILD WEST END

"Wild West End" possui um ritmo bastante arrastado, com um andamento mais lento e belas linhas de guitarra. A melodia suave é envolvente, construindo uma linda balada, com boa atuação de Mark tanto na guitarra quanto nos vocais.

A letra se refere a uma via chamada West End:

And a gogo dancing girl yes I saw her
The deejay he say here's Mandy for ya
I feel alright to see her
But she's paid to do that stuff
She's dancing high I move on by
The close ups can get rough
When you're walking in the wild west end



LIONS

A nona - e última - faixa de Dire Straits é "Lions". A canção também possui um andamento mais arrastado, sendo dominada pela boa atuação do baixista John Illsley, o qual conduz o ritmo da composição. "Lions" é um Rock mais suave, mas com pegada e personalidade, flertando com o Blues. Fecha o álbum de maneira incrível!

A letra menciona conflito:

The she's reading about a swing to the right
But she's thinking about a stranger in the night
I'm thinking about the lions tonight
What happend to the lions



Considerações Finais

Embalado pelo sucesso de “Sultans of Swing”, o álbum Dire Straits fez muito sucesso.

As principais paradas de sucesso comprovam isso. O disco ficou na excelente 5ª posição da principal parada britânica, conquistando a extraordinária 2ª colocação na sua correspondente norte-americana, a Billboard. Ainda galgou os 1º, 2º e 3º lugares nas paradas de Austrália, Nova Zelândia e Alemanha, respectivamente.

Ken Tucker, crítico da revista norte-americana Rolling Stone, elogiou o trabalho e a banda apontando “misturas de rock, folk e música country com um espírito sereno e ironia espirituosa. É quase como se eles estivessem cientes de que o seu forte não tem nada a ver com o que está acontecendo atualmente na indústria, mas não poderiam se importar menos”.Tucker destacou as faixas “Sultans of Swing” e “Setting Me Up”.

Stephen Thomas Erlewine, do site AllMusic, deu ao álbum quatro de cinco estrelas, chamando-o “extremamente talentoso para uma estreia”. Erlewine elogia a categoria de Mark Knopfler nas guitarras, como contribuição decisiva para a qualidade do disco.

O Dire Straits promoveu o lançamento de seu primeiro single e também, do álbum, com a Dire Straits Tour, a qual começou em 06 de junho de 1978 (no Lafayette Club, em Wolverhampton, Reino Unido), incluiu 55 shows, e se encerrou em 18 de Novembro de 1978, (na Faculdade de Educação em Hitchin, também na Inglaterra).

David Knopfler

A turnê europeia incluiu concertos no Reino Unido, França, Bélgica, Alemanha e Holanda. Estes concertos apresentou o Dire Straits para seus maiores públicos até então.

Como foi dito, a primeira parte da turnê promoveu o seu primeiro single, “Sultans of Swing”. Esta primeira etapa levou a banda pela Grã-Bretanha, entre junho e julho de 1978, com shows na Inglaterra, Escócia e País de Gales. O grupo normalmente se apresentava em pequenos lugares, com uma capacidade máxima de mil pessoas.

A segunda parte da turnê promoveu o álbum de estreia da banda. Esta perna levou o Dire Straits a vários países europeus, onde se encontraram com jornalistas e participaram em programas de televisão.

Ainda no mesmo ano, Dire Straits começou uma turnê como banda de abertura do grupo Talking Heads, após o relançamento do single “Sultans of Swing” e finalmente começou a subir nas paradas do Reino Unido.

Tal acontecimento levou o conjunto a um contrato de gravação com a Warner Bros Records, nos Estados Unidos; e, antes do final de 1978, o Dire Straits havia lançado seu debut autointitulado em todo o mundo. Dire Straits foi, eventualmente, top 10 nas paradas de todos os países europeus.

No ano seguinte, o Dire Straits embarcou em sua primeira turnê norte-americana. Eles fizeram 51 concertos esgotados, durante um período de 38 dias.

O single “Sultans of Swing” escalou as paradas, chegando ao 4º lugar nos Estados Unidos e ao 8º no Reino Unido. A canção foi um dos maiores sucessos do Dire Straits e tornou-se obrigatória em performances ao vivo da banda.

Bob Dylan, que havia visto a banda se apresentar em Los Angeles, ficou tão impressionado que convidou Mark Knopfler e o baterista Pick Withers para tocarem em seu próximo álbum, Slow Train Coming, de 1979.

As sessões de gravação para o segundo álbum do grupo, Communiqué, de1979, ocorreram em dezembro de 1978, no Compass Point Studios, em Nassau, nas Bahamas.

Dire Straits supera a casa de 2 milhões de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.



Formação:
Mark Knopfler - Vocal, Guitarra Base e Solo
David Knopfler – Guitarra-Base, Backing Vocal
John Illsley - Baixo, Backing Vocal
Pick Withers - Bateria

Faixas:
01. Down to the Waterline (M. Knopfler) - 3:55
02. Water of Love (M. Knopfler) - 5:23
03. Setting Me Up (M. Knopfler) - 3:18
04. Six Blade Knife (M. Knopfler) - 4:10
05. Southbound Again (M. Knopfler) - 2:58
06. Sultans of Swing (M. Knopfler) - 5:47
07. In the Gallery (M. Knopfler) - 6:16
08. Wild West End (M. Knopfler) - 4:42
09. Lions (M. Knopfler) – 5:05

Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: https://www.letras.mus.br/dire-straits/

Opinião do Blog:
Não é muito comum bandas possuírem um grande diferencial que as tornem únicas de maneira tão explícita, uma marca registrada indelével e inconfundível. O Dire Straits o possui na figura da guitarra genial de seu líder, Mark Knopfler.

Ao longo de sua carreira, seja com o grupo ou mesmo depois do seu fim, Mark Knopfler ficou reconhecido pelos seus talento e criatividade como guitarrista. Seu jeito único de construir melodias marcou a história do Rock.

Parte deste talento pode ser ouvido e reconhecido já na estreia de seu conjunto, Dire Straits. Um álbum que mostra não apenas suas habilidades como guitarrista mas também um compositor talentoso e criativo.

Obviamente, Mark Knopfler é o maior destaque do trabalho. Sua música possui um incrível senso melódico, com riffs e solos os quais esbanjam criatividade e feeling. Mark peca, para o Blog, por ser um vocalista apenas correto, mas em que nada diminui a qualidade soberba de suas composições. Os vocais se casam de maneira muito orgânica com a brilhante parte instrumental.

Outro ponto alto do álbum, além da produção eficiente, é o baixista John Illsley, pois sua atuação impacta diretamente na qualidade das canções, ditando o ritmo e o andamento das faixas.

As letras são simples e merecem uma conferida.

Claro, sempre é necessário, quando se fala do disco de estreia do Dire Straits, realçar a qualidade extraordinária de um dos maiores clássicos do Rock, "Sultans of Swing". Uma música que entrou para a história.

Mas o álbum não é apenas isso. "Lions" apresenta uma melodia mais triste, mas é uma canção muito bonita. A densa e bluesy "Six Blade Knife" segue esta mesma linha, mas com uma interpretação diferente de Mark Knopfler. "Wild West End" é uma ótima balada.

O RAC ainda destaca a excelente "Setting Me Up", um Rock intenso, com uma ótima pegada que remete ao Country.

Enfim, Dire Straits é um ótimo álbum, cheio de composições criativas e apresentando um guitarrista bem acima da média, o grande Mark Knopfler. Um trabalho que traz um dos maiores clássicos do Rock, "Sultans of Swing", mas que também apresenta um conjunto de ótimas composições. Além disto, é a estreia de uma das mais criativas bandas de todos os tempos, o Dire Straits. Disco extremamente recomendado!

7 comentários:

  1. Parabéns pro Blog! sempre com ótimo conteúdo!
    Gostaria de ver Jane's Addiction por aqui qualquer hora!
    Sucesso pro Blog

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    1. Obrigado pelos elogios.
      A sugestão está anotada na nossa listinha de pedidos.
      Continue nos acompanhando.
      Abraço!

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  2. Taí uma outra banda de qual conheço quase todo o repertório. O Dire Straits foi uma banda que fez história na música, mais precisamente nos anos 1980, com o lançamento do multiplatinado Brothers in Arms (1985), que talvez tenha sido o disco deles que mais me marcou por nele conter seus grandes hits ("So Far Away", "Walk of Life", "Money for Nothing", "Your Latest Trick", "Why Worry" e a faixa-título). Mas também gosto bastante dos trabalhos anteriores, como o caso de sua promissoríssima estréia.

    Destaque aqui para o clássico absoluto "Sultans of Swing" que inclusive fez parte da trilha sonora de uma novela da TV Globo chamada Os Gigantes (1979). Só para garantir, o Dire Straits é também outra daquelas bandas que hoje em dia são vistas com maus olhos e não entendemos o tamanho desprezo destas pessoas...

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  3. "Só para garantir, o Dire Straits é também outra daquelas bandas que hoje em dia são vistas com maus olhos e não entendemos o tamanho desprezo destas pessoas..."

    Meu caro Igor, você matou à pau com este comentário. É exatamente isso, eu também não entendo essas coisas.

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    1. Uma pena que hoje muitas pessoas não dão o valor á bandas como o Dire Straits, Journey, Supertramp, Quiet Riot, dentre outras... Mas obrigado por responder meu comentário. Certo, cara?

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    2. Sim, esta lista é bem grande hoje.
      Tento responder a todos que comentam aqui, meu caro, mas meu tempo é bem corrido e muitas vezes eu demoro um pouco na resposta.
      Abraço!

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    3. De nada e um abração forte pra você também, cara!

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