1 de maio de 2015

BOSTON - BOSTON (1976)


Boston é o álbum de estreia da banda norte-americana homônima, ou seja, o Boston. Seu lançamento oficial aconteceu no dia 25 de agosto de 1976, através do selo Epic Records. As gravações duraram de outubro de 1975 a abril de 1976, em diferentes estúdios, com a produção sob responsabilidade de John Boylan e Tom Scholz.

Boston, o álbum, é um dos maiores sucessos comerciais da história da indústria fonográfica. O Blog tratará do início e formação da banda para depois abordar o supracitado disco.


Tom Scholz começou a compor música por volta de 1969, enquanto ele estudava no Massachussetts Institute of Technology (MIT), onde escreveu uma canção instrumental intitulada "Foreplay".

Enquanto frequentava a MIT, Scholz se juntou à banda "Freehold", onde conheceu o guitarrista Barry Goudreau e o baterista Jim Masdea , que viriam a se tornar membros do Boston. O vocalista Brad Delp foi adicionado ao grupo em 1970.

Depois de se formar (com um grau de mestre), Scholz trabalhou para a Polaroid, onde usou o seu salário para construir um estúdio de gravação no seu porão e para financiar 'fitas demo' gravadas em estúdios profissionais

Estas 'fitas demo' foram gravadas (em vários momentos) com Brad Delp nos vocais, Barry Goudreau na guitarra, Jim Masdea na bateria, e Scholz na guitarra, baixo e teclados. As mesmas eram enviadas para as gravadoras, mas recebiam rejeições consistentes.

Em 1973, Scholz formou a banda Mother's Milk com Delp, Goudreau, e Masdea. Esse grupo se desfez em 1974, mas Scholz, posteriormente, trabalhou com Masdea e Delp para produzir seis novas demos, incluindo "More Than a Feeling", "Peace of Mind", "Rock and Roll Band", "Something About You" (em seguida, intitulada "Life Isn't Easy"), "Hitch A Ride" (em seguida, intitulada "San Francisco Day"), e "Don't Be Afraid".

Scholz afirma que eles terminaram quatro das seis canções até o final de 1974 e finalizaram "More Than a Feeling" e "Something About You", em 1975. Scholz tocou todos os instrumentos nas demos, exceto a bateria, a qual foi tocada por Masdea, além de usar pedaleiras que foram concebidas por ele mesmo para criar o som da guitarra desejado.

Tom Scholz
Além disto, o “som de violino” das guitarras presente nas canções foi criado no início de 1970, por Scholz, e foi uma inovação verdadeiramente distinta na música norte-americana.

Esta última fita demo atraiu a atenção dos promotores Paul Ahern e Charlie McKenzie. Masdea deixou a banda quase ao mesmo tempo. Segundo Scholz, os gestores insistiram para que Masdea fosse substituído antes da banda obter um contrato de gravação.

Scholz e Delp assinaram um contrato com a Epic Records logo após a partida de Masdea, graças a Ahern & McKenzie.

Antes que o acordo fosse finalizado, a banda teve que fazer uma audição ao vivo para os executivos da gravadora. A dupla rapidamente recrutou Goudreau na guitarra, o baixista Fran Sheehan e o baterista Sib Hashian para criar uma unidade executora que fosse capaz de replicar no palco as ricas gravações em camadas de Scholz.

A apresentação foi um sucesso e a banda concordou em lançar 10 álbuns ao longo dos próximos seis anos.

Além da demissão de Masdea, a gravadora também insistiu para que Scholz regravasse as fitas demo em um estúdio profissional. No entanto, Scholz queria o registro fosse gravado em seu estúdio particular, no próprio porão, a fim de que ele trabalhasse em seu próprio ritmo.

A pedido de Tom Scholz, Masdea tocou bateria na faixa "Rock and Roll Band" e a instrumentação foi gravada em seu estúdio. Assim, o resultado da gravação foi então levado para Los Angeles, onde Brad Delp acrescentou vocais, sendo o álbum mixado por John Boylan.

Foi neste momento que o grupo foi batizado de "Boston", por sugestão de Boylan e do engenheiro de som Warren Dewey.

Foi durante a mixagem do álbum que Tom Scholz foi para Los Angeles e se encontrou novamente com Boylan e Delp. Scholz afirmou ter ficado intimidado, inicialmente, com os engenheiros profissionais, já que ele havia gravado as faixas em seu porão. Mas, posteriormente, Scholz percebeu que, na realidade, eles possuíam um rico arsenal de possibilidades nas mãos, mas não possuíam as habilidades que Scholz adquiriu com sua experiência em seu próprio estúdio.

Boylan encontrou seu único real confronto com um Scholz autocrático durante a fase de mixagem, em que Scholz cuidava de guitarra e bateria; e Boylan Dewey dos vocais, com Steve Hodge como auxiliar. Scholz colocou as guitarras muito altas na mixagem, tornando os vocais de renderização inaudíveis por algumas vezes.

Toda a operação foi descrita como "uma das ações corporativas mais complexas da história do mundo da música." Com exceção de "Let Me Take You Home Tonight", o álbum foi uma cópia virtual das fitas demo.

O álbum foi gravado por um custo de alguns milhares de dólares, uma quantia irrisória em um setor acostumado a gastar centenas de milhares de dólares em uma única gravação.

O disco Boston foi composto principalmente de canções escritas muitos anos antes de suas aparições no álbum. Scholz escreveu ou co-escreveu todas as músicas do álbum, tocou praticamente todos os instrumentos e gravou (participando da engenharia) de todas as faixas.

O som do Boston combina "grandes, gigantes ganchos melódicos" e "maciçamente pesadas partes de guitarra, de inspiração clássica."

Brad Delp
Para Scholz, a idéia de belas harmonias vocais foi inspirada no grupo The Left Banke, e o aspecto das guitarras foi influenciado pelos Kinks, o Yardbirds e pelo Blue Cheer.

Outro elemento de assinatura do "som do Boston", em termos de produção, envolve o equilíbrio entre guitarras acústicas e elétricas. Para este fim, Scholz inspirou-se em sua audição de infância de música clássica, observando que o "conceito básico" era fixar o ouvinte em uma mudança que está chegando durante uma canção, sendo que tal efeito havia sido explorado por centenas de anos naquelas composições.

O registro também faz uso de vários solos de guitarra harmonizados e dispositivos melódicos barrocos conhecidos como mordentes.

A capa clássica, desenhada por Roger Huyssen, foi idealizada também por Tom Scholz. Vamos às faixas:

MORE THAN A FEELING

Uma bela melodia embala os momentos iniciais de um dos clássicos da música pop internacional: "More Than A Feeling". O ritmo sempre permanece preenchido por um envolvente e suave riff o qual ganha peso apenas quando se aproxima do refrão. Os vocais são construídos de maneira a contribuir com o sucesso da faixa, bem como o solo de guitarra. Trabalho excepcional do grupo!

A letra é sobre nostalgia e o poder que uma canção pode ter na vida de alguém:

When I'm tired and thinking cold
I hide in my music, forget the day
and dream of a girl I used to know
I closed my eyes and she slipped away
She slipped away, She slipped away

“More Than A Feeling” é um dos maiores clássicos da música em todos os tempos. Sua repercussão e sucesso foram quase instantâneos ao seu lançamento.

Segundo Tom Scholz, a versão final da canção levou quase 5 anos para ser finalizada. A música “Walk Away Renee”, do The Left Banke, foi uma inspiração para sua composição.


Lançada como single, atingiu a excelente 5ª posição da principal parada norte-americana de singles. Ficou com a 22ª colocação em sua correspondente britânica.

Está na 39ª posição da lista Top 100 Hard Rock Songs, de 1999, feita pelo canal VH1.

São inúmeras as versões covers feitas de “More Than A Feeling”. Como exemplo, cita-se Ingram Hill, No Mercy e Nirvana. Aliás, muitos críticos musicais encontram semelhanças entre “More Than A Feeling” e “Smells Like Teen Spirit”.

Está presente em filmes e animações como Foxes (1979) e Madagascar: Escape 2 Africa (2008). Também aparece em diversos programas e séries da TV norte-americana. Aparece, ainda, no game Rock Band.



PEACE OF MIND

Já em "Peace Of Mind", o Boston aposta em um riff o qual possui maior peso e intensidade da guitarra, embora desenvolva uma melodia cativante e maliciosa, leve e impressiva na mesma certeira tonalidade. Nesta composição, o flerte com o Hard Rock setentista é mais nítido e palpável. Outro momento gratificante do álbum.

A letra se refere ao tempo em que Scholz trabalhava na Polaroid e tentava deslanchar com a banda:

Now everybody's got advice they just keep on givin'
Doesn't mean too much to me
Lot's of people out to make-believe they're livin'
Can't decide who they should be.
I understand about indecision
But I don't care if I get behind
People li vin' in competition

Lançada como single, atingiu a 38ª colocação da principal parada norte-americana desta natureza. É outro clássico da banda de Tom Scholz.


Está presente nos games Guitar Hero III e Rock Band. Entre os covers mais famosos, está o da banda Stryper, com participação do próprio Tom Scholz na guitarra.



FOREPLAY/LONG TIME

"Foreplay" é uma canção com óbvias e determinantes orientações progressivas, sendo de extremo bom gosto. Após 2 minutos e meio, um inspirado solo de guitarra introduz "Long Time", um rock com melodia suave e encantadora, com vocais que se casam perfeitamente com a parte instrumental. Novamente, Scholz opta por intensificar o peso da guitarra especialmente no refrão e nos momentos que o precedem e o Boston consegue fazer isto como quase nenhuma outra banda.

A letra fala da fugacidade do tempo:

Well I'm takin' my time, I'm just movin' on
You'll forget about me after I've e been gone
And I take what I find, I don't want no more
It's just outside of your front door

Também foi lançada como single, alcançando a 22ª posição na principal parada norte-americana de singles.

A canção é composta por 2 diferentes músicas que se fundem, “Foreplay”, um prelúdio instrumental de origens progressivas e “Long Time”, um Hard Rock mais direto. A revista Rolling Stone definiu a faixa como um perfeito casamento entre Led Zeppelin e Yes.

Os três solos de guitarra de “Long Time” são tocados pelo guitarrista Barry Goudreau.

Está presente no game Rock Band e aparece na série de TV, Supernatural, no final da segunda temporada. Além disto, o Rascal Flatts fez uma versão para o clássico.



ROCK & ROLL BAND

Esta é a menor canção de todo o álbum e vai direto ao ponto: um rock simples e direto, que flerta deliberadamente com o Hard, mas dosando de maneira equilibrada sua melodia envolvente e o peso da guitarra. Bons, embora simples, trabalhos da bateria e baixo. Os vocais são ótimos e contribuem fundamentalmente para a qualidade da composição. Tiro certeiro!

A letra se refere à própria banda:

Well, we were just another band out of Boston
On the road and tryin' to make ends meet
Playin' all the bars, sleepin' in our cars
And we practiced right out in the street

Foi “Rock & Roll Band” a música que Paul Ahern tocou para Charlie McKenzie a fim de convencê-lo a assinarem contrato como empresários do Boston.

A música acabou se tornando uma marca do Boston, tendo intensa circulação nas rádios e caindo no gosto dos críticos musicais, mesmo não tendo sido lançada como single. Aliás, o grupo consistentemente iniciava suas apresentações com esta faixa.

Está presente nos games Rock Band e Guitar Hero World Tour.



SMOKIN'

Um riff muito bom, pesado e intenso, é a base para a ótima "Smokin'". A faixa bebe fartamente no Hard Rock com influência Bluesy e consegue um resultado final invejável. Os vocais são novamente parte fundamental da qualidade da música, contando com um ótimo solo de teclado o qual nos faz lembrar de Jon Lord e do Deep Purple. Momento extasiante do álbum.

A letra é simples, em tom de celebração:

Get your feet to the floor, everybody rock and roll
You've got nothing to lose just the rhythm and blues, that's all,yeah
We're gonna feel ok
We'll pick you up and take you away
Get down tonight

“Smokin'” também acabou se tornando um clássico das rádios de Rock dos Estados Unidos, com intensa veiculação desde o lançamento do álbum, em 1976. O Anthrax gravou uma versão para a música em seu EP Anthems, de 2013.



HITCH A RIDE

A canção se inicia de maneira leve, suave e envolvente, com os vocais se casando de maneira perfeita com a melodia instrumental. Mesmo quando a seção rítmica entra na música, o peso não se intensifica. Os teclados novamente têm função destacada na faixa, mas o ponto mais alto são mesmo os vocais, construídos de maneira tocante.

A letra é em tom de liberdade:

Life is like the coldest winter
People freeze the tears I cry
Words of hail their minds are into
I've got to crack this ice and fly



SOMETHING ABOUT YOU

Uma melodia vocal também suave, mas um pouco mais melancólica, abre a canção. Mas logo o ouvinte estará diante de um Hard Rock com guitarra proeminente e pesada, com um espírito alegre e festivo. A bateria está especialmente mais destacada nesta faixa. Os vocais continuam com o mesmo nível elevado e o solo de guitarra, embora curto, conta com muito feeling. Momento saboroso do álbum.

A letra é sobre amar:

When I was younger I thought I could stand on my own
It wasn't easy, I stood like a man made of stone
But there was something about you (I want you to know),
It brought a change over me (it's starting to show)
I've got this feeling inside,
Got to have you, have you,
Ain't no good to hide



LET ME TAKE YOU HOME TONIGHT

A oitava - e última - canção de Boston é "Let Me Take You Home Tonight". A derradeira faixa do álbum aposta em uma melodia muito suave e leve, com doses quase homeopáticas de peso.  O ritmo permanece assim por quase toda sua extensão, sendo que no minuto final o andamento da faixa acelera, dando um aspecto de clímax para o encerramento do disco, efeito construído de modo inteligente.

A letra é em tom de liberdade e amor:

I don't wanna make excuses, I don't wanna lie
I just got to get loose
With you tonight



Considerações Finais

Catapultado pelo sucesso de “More Than A Feeling”, o álbum atingiu altas posições nas paradas de sucesso. Ficou com a extraordinária 3ª posição na principal parada norte-americana. Conquistou a 11ª colocação na parada britânica e, ainda, o 4º e o 7º lugares nas paradas alemã e canadense, respectivamente.

Tom Scholz, então com 29 anos, planejava abandonar seu sonho de rock and roll; ele ainda trabalhava na Polaroid durante as primeiras semanas após o lançamento do registro. Scholz sentia-se pessimista sobre o sucesso até que o álbum vendeu 200 mil cópias.

Já em janeiro de 1977, o disco de estreia havia vendido dois milhões de cópias, tornando-se um dos álbuns estreantes que mais rapidamente vendeu tantas cópias da história do rock.

O álbum acabou por receber vários prêmios, incluindo uma indicação ao Grammy de Melhor Artista Novo. Com uma popularidade maciça, o Boston chegou a ser colocado no patamar de estrelas estabelecidas, como Peter Frampton, Fleetwood Mac, e Stevie Wonder.

Todas as oito músicas do álbum ainda recebem divulgação regular em rádios de rock clássico até hoje, em todo os Estados Unidos.

De uma pequena turnê de 6 semanas, prevista anteriormente ao lançamento do disco, o Boston acabou fazendo outra que duraria 10 meses. Scholz se recorda de ficar extasiado quando via que as pessoas já conheciam as canções do grupo.

O Boston finalmente começou a ser Headliner em shows a partir de 1977 e esgotando quatro shows no sul da Califórnia, com um intervalo de uma semana. Bob Seger and The Siver Bullet Band fez a abertura para o grupo em Detroit. O sucesso era tanto que a banda esgotou os ingressos para 3 apresentações em New York City, no famoso Madison Square Garden.

Por conta de seu álbum de estreia, o Boston é apontado por muitos críticos musicais como o pivô da mudança do Rock mainstream norte-americano de uma origem baseada no Blues e no “Proto-Metal” para uma sonoridade que se aproximava mais do Pop.

Depois do sucesso do álbum, seu som se tornou imitado por várias outras bandas de rock proeminentes da época. Além disto, o registro criou um ponto de referência para os valores de produção e tecnologia de estúdio que perdurariam durante anos.

O álbum Boston já ultrapassa a casa de 18 milhões de cópias comercializadas no mundo.


Formação:
Tom Scholz - Guitarras Elétricas, Guitarra-Solo, Guitarras Acústicas, Órgão, Baixo
Brad Delp - Vocal, Guitarra Acústica
Sib Hashian - Bateria
Jim Masdea - Bateria em "Rock & Roll Band"
Barry Goudreau - Guitarra-Base, Guitarra-Solo em "Foreplay / Long Time" e "Let Me Take You Home Tonight"
Fran Sheehan - Baixo em "Foreplay" e "Let Me Take You Home Tonight"

Faixas:
01. More Than a Feeling (Scholz) - 4:44
02. Peace of Mind (Scholz) - 5:02
03. Foreplay/Long Time (Scholz) - 7:47
04. Rock & Roll Band (Scholz) - 2:60
05. Smokin' (Delp/Scholz) - 4:22
06. Hitch a Ride (Scholz) - 4:12
07. Something About You (Scholz) - 3:48
08. Let Me Take You Home Tonight (Delp) - 4:44

Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: http://letras.mus.br/boston/

Opinião do Blog:
A influência e importância do álbum de estreia do Boston permanecem até hoje, mesmo quase quarenta anos após o seu lançamento original. Seu sucesso gigantesco mudaria o rumo da música norte-americana, especialmente para o final da década de 70, bem como para a seguinte.

São incontáveis os grupos que passaram a simular a sonoridade que surgiu com o álbum Boston (e também com o disco de estreia do Foreigner), assim como bandas que nasceriam já praticando este estilo, após o lançamento do disco, já apontando para o direcionamento musical conhecido como AOR. Journey, REO Speedwagon e Styx são apenas exemplos que compravam a afirmação. Também a música Pop seria influenciada, especialmente pelo sucesso de "More Than A Feeling".

Fato é que o álbum de estreia do Boston, um gigantesco sucesso comercial, é o registro inicial do talento inegável de Tom Scholz não apenas como músico e compositor, mas também como homem de estúdio, já que suas inovações na gravação do disco seriam seguidas dali para a frente.

O que mais impressiona no álbum Boston é que todos os detalhes são pensados de modo que contribuam para o resultado final das canções. É tudo feito com extremo bom gosto e com muita precisão.

Um trabalho que vendeu tanto e se tornou tão influente não possui músicas de enchimento. Todas as faixas são, no mínimo, muito boas. As letras, simples, são feitas para que o ouvinte as cante junto com o desenrolar do disco.

Claro que "More Than A Feeling" se tornou um patrimônio musical da humanidade, sendo conhecida em todo o mundo e tendo embalado diferentes gerações após seu lançamento. Qualquer crítica que venha a desqualificá-la soa ao Blog como leviana.

Mas o álbum não é apenas isto: o flerte contundente com o Hard Rock setentista somado ao talento de Scholz como compositor resultou em uma coleção de canções memoráveis."Peace Of Mind" é ótima, a dobradinha "Foreplay/Long Time" é pulsante, além da excelente "Smokin'", uma das melhores composições do Boston.

Enfim, o álbum de estreia do Boston é um marco na música norte-americana que influenciou um sem número de grupos e artistas que surgiriam depois. Se o leitor tem a mente mais aberta e é desprovido de maiores preconceitos musicais irá se deliciar com a beleza das composições. Álbum obrigatório e fundamental na história do Rock.

4 comentários:

  1. O álbum de estréia do Boston com certeza é uma obra-prima, um dos chamados "marcos-zero" do rock mais radiofônico/acessível feito para tocar nas rádios do mundo inteiro, e basicamente uma coletânea de sucessos da banda. Fórmula que atingiu seu ápice nos anos 1980, sendo este um dos mais marcantes trabalhos dos anos 1970. Não há muito o que dizer sobre este debut histórico de uma das bandas infelizmente mais injustiçadas do cenário musical atual, mas que deixou sua marca na história do rock, goste-se ou não.

    Destaques para a super-clássica "More than a Feeling", "Peace of Mind" (não confundir com a expressão "Piece of Mind" que ironicamente deu título a um dos discos mais famosos do Iron Maiden, lançado em 1983 - disco esse que a minha mãe adora) e "Rock and Roll Band" que, para mim, é a canção definitiva do Boston, sendo a mais curta deste disco, mas o suficiente para resumir toda a importância desta grande banda no cenário musical. Viva a boa música, viva Boston!

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    1. De nada, chefe... Felicitações pelo retorno do blog após uns meses de ausência sem nenhuma postagem nova!

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    2. Obrigado, Igor. Tive muitos problemas nesse início de ano, mas agora estou de volta à ativa. Saudações!

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