8 de julho de 2022

RIVAL SONS - GREAT WESTERN VALKYRIE (2014)

 


Great Western Valkyrie é o quarto álbum de estúdio da banda norte-americana chamada Rival Sons. Seu lançamento oficial aconteceu em junho de 2014 através do selo Earache Records. As gravações ocorreram no LCS Studios, em Nashville, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo do premiado produtor Dave Cobb.


Chegou a vez do RAC trazer a ótima banda Rival Sons e um de seus trabalhos mais recentes. Vai-se falar do histórico da banda antes do tradicional faixa a faixa.





Formação


A banda Rival Sons se formou na cidade californiana de Long Beach, onde o vocalista Jay Buchanan e o baterista Michael Miley moravam. Buchanan havia gravado anteriormente como artista solo e com sua banda Buchanan. Ele lançou, de maneira independente, All Understood (em 2004) e o True Love EP (em 2006).


O Rival Sons se formou a partir dos remanescentes da banda anterior do guitarrista Scott Holiday. Scott esteve ativo em várias bandas, incluindo a Human Lab, a qual tinha contrato com a Atlantic Records, mas que ele deixou para formar a Black Summer Crush.


Em 2006, Holiday encontrou Buchanan enquanto procurava por um vocalista no MySpace. O baterista Michael Miley já havia trabalhado com Buchanan e conheceu o baixista Robin Everhart tocando em um show beneficente na casa de Isaac Hayes, para vítimas do furacão Katrina, em Long Beach. A união de Holiday, Buchanan, Everhart e Miley levou à formação do Rival Sons.


Como cantor e compositor, Buchanan estava cético em se juntar a uma banda de rock and roll, mas depois de ver a recepção ao álbum de estreia da banda, Before the Fire (2009), produzido por Dave Cobb, Buchanan se comprometeu integralmente com o Rival Sons.


Michael Miley



Sequência


Após o sucesso de Before the Fire, a banda gravou um EP autointitulado (lançado de forma independente) em 2010, que chamou a atenção do fundador da Earache Records, Digby Pearson, e a banda recebeu um contrato de gravação em novembro de 2010.


A assinatura levou à banda imediatamente a gravar seu segundo álbum Pressure & Time no selo Earache, no início de 2011. O supracitado EP autointitulado foi relançado digitalmente pela Earache Records, em fevereiro de 2011, do qual seu primeiro single europeu, "Torture", foi retirado.


Pressure & Time foi lançado em junho de 2011 e chegou ao 19º lugar da principal parada norte-americana de álbuns, a Billboard Hot 100.


Jay Buchanan



Head Down


Em fevereiro de 2012, a banda entrou nos estúdios Honey Pye, em Nashville, durante vinte dias, para gravar seu terceiro álbum, Head Down, com o produtor Dave Cobb e desta vez o premiado engenheiro Vance Powell.


Durante este período, o álbum Pressure & Time foi relançado em uma edição de luxo da qual o último single, "Face of Light", foi retirado.


A banda então embarcou em shows nos EUA e no Canadá, incluindo os festivais Rock on the Range e Big Music Fest, antes de uma série de festivais de verão na Europa, incluindo o Rock Am Ring, o Sweden Rock, entre outros.


A banda novamente também fez shows europeus com o Evanescence e o Eagles of Death Metal, bem como com a Black Stone Cherry.


Head Down foi lançado em setembro de 2012 com aclamação da crítica. O álbum alcançou a 31ª posição na principal parada de álbuns do Reino Unido. O single de estreia, "Keep On Swinging", teve o vídeo filmado em uma igreja. A banda então completou outra turnê européia esgotada e apareceu na capa da Classic Rock Magazine.


Em janeiro de 2013, a banda lançou um segundo single retirado de Head Down com um vídeo para "Until The Sun Comes" dirigido por Simon Gesrel.


Após extensas turnês em 2013, a banda também excursionou com o Kiss na Itália e na Suíça. Durante este período o baixista Robin Everhart deixou a banda por 'razões pessoais' afirmando: "Depois de anos de intensa turnê com o Rival Sons, cheguei à conclusão de que não sou um guerreiro da estrada e que o estilo de vida do rock 'n' roll' é não para mim”.


Em setembro de 2013, o Rival Sons saiu em turnê com Sammy Hagar nos EUA ,com seu novo baixista Dave Beste, que tocava com o Rocco DeLuca and the Burden.


Scott Holiday



Great Western Valkyrie


Em janeiro de 2014, o Rival Sons voltou ao estúdio em Nashville, com Cobb, para produzir seu quarto álbum. Em meio a grande expectativa de sua base de fãs, o aclamado Great Western Valkyrie foi lançado em junho de 2014.


Mesmo antes do lançamento do álbum, o Rival Sons começou sua turnê europeia de 2014 abrindo para o Aerosmith em Helsinki, na Finlândia, e em Estocolmo, na Suécia.


A capa tem uma fotografia do grupo. Great Western Valkyrie foi o primeiro disco a contar com o baixista Dave Beste. Vamos às faixas:


ELECTRIC MAN


Electric Man” se baseia em um riff zeppeliniano muito bom!


A letra fala sobre uma garota:


Woah, hot lady, hot lady, you're my sexy girl
Yeah, hot lady, gonna drive you like a cadillac
Woah, hot lady, hot lady, you're my sexy girl


GOOD LUCK


Good Luck” é um Hard Rock malicioso, com ótimo trabalho da guitarra.


A letra reflete o fim de uma relação:


What can I say
You got one foot out the door
If you are so unhappy baby I'm sorry my kisses got old
Day after day there's something that I can't ignore
Night after night I offer


SECRET


Secret” é mais pesada e intensa, com ótimos vocais de Jay Buchanan.


A letra traz um tom de ameaça:


Gonna bust your grave, your
I owe you oh I luv you
Burn the sit from your father
Bring me a job full of shadow
Wait in the bushes for me
I'm gonna tell you a secret
I'm gonna tell you a secret
And I know you're gonna keep it
Lemme tell you a secret
And I know


PLAY THE FOOL


Play the Fool” usa estrutura chamada-resposta muito bem, com uma resultado muito eficiente.


A letra fala sobre uma garota que controla o cara:


Well I'm a man and a man's got his pride

The way the boys talk, it's all over school

I got inside you when you took me for a ride

You was a machine and I was the tool


GOOD THINGS


A bela “Good Things” é mais bluesy, sendo uma faixa muito saborosa.


A letra traz uma mensagem de “carpe diem”:


Enjoy it right now
Because you never know
When it's gonna end
Enjoy it right now
Because you never know
When it's gonna end


OPEN MY EYES


Ecos de Led Zeppelin são bem presentes na incrível “Open My Eyes”.


A letra fala sobre reagir:


Falling off the ladder
Holy water hell hound
Falling like a jack knife
But the truth to myself
You know it cuts through the bone


RICH AND THE POOR


O riff inicial de “Rich and the Poor” possui um toque metálico, mas a faixa oscila bem entre peso e suavidade.


A letra brinca com contrastes:


Rich and the poor, that's how people get pain
She said I'm gonna show you how babies are made
Rich and the poor, that's how people get pain
She said I'm gonna show you how babies are made


BELLE STAR


Belle Star” soa como o Who dos anos 1970.


A letra fala sobre honra:


Shed not for her bitter tears
Nor give the heart vain regret
The casket that lies here
The gem inside sparkles yet


WHERE I’VE BEEN


Where I’ve Been” é uma linda e angustiante balada.


A letra fala sobre culpa:


She says how could you love me
When you know where I've been
How could you love me
When you know where I've been
How could you love me
When you know where I've been


DESTINATION ON COURSE


Destination on Course” encerra o disco em grande estilo, com ótima atuação de Jay Buchanan.


A letra fala sobre nossas escolhas:


Suddenly refine
You turn the hands of time
Only to unveil
Your hands have slipped from the rail
Slowly through the night
Suffer through the rain
Destination on course
Destination on course


Considerações Finais


O disco atingiu a 14a colocação da principal parada britânica de álbuns, embora não tenha repercutido em sua correspondente norte-americana.


"Electric Man", “Open My Eyes" e "Good Things" foram os singles para promoção do trabalho.


O álbum foi bem recebido pela crítica especializada. A Classic Rock deu nota máxima, enquanto Thom Jurek, do AllMusic, deu uma nota 3,5 (em 5), afirmando: “Great Western Valkyrie continua a deleitar-se com o retro-rock, mas o faz com belas composições, arranjos e - acima de tudo - bom gosto adicionado ao poder de fogo instrumental”.


Uma extensa turnê se seguiu em 2014, com o Rival Sons se apresentando entre festivais (nos EUA e Europa) e shows esgotados.


Great Western Valkyrie foi declarado como “álbum do ano” pela revista Classic Rock.


Um disco sucessor, Hollow Bones, sairia em 2016.





Formação:

Jay Buchanan — Vocal

Scott Holiday — Guitarra

Dave Beste — Baixo

Michael Miley — Bateria

Músicos Adicionais:

Ikey Owens — Teclados

Mike Webb — Teclados em "Where I've Been"

Kristen Rogers — Backing vocals


Faixas:

01. Electric Man (Holiday/Buchanan/Cobb) - 3:20

02. Good Luck (Buchanan/Holiday/Miley/Beste) - 3:18

03. Secret (Holiday/Buchanan/Miley/Beste/Cobb) - 4:41

04. Play the Fool (Holiday/Buchanan) - 3:18

05. Good Things (Buchanan) - 5:56

06. Open My Eyes (Holiday/Buchanan/Miley/Beste/Cobb) - 3:56

07. Rich and the Poor (Buchanan/Cobb) - 5:15

08. Belle Starr (Holiday/Buchanan/Beste/Miley) - 4:35

09. Where I've Been (Buchanan/Holiday) - 6:18

10. Destination on Course (Holiday/Cobb) – 7:06


Letras:

Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: https://www.letras.mus.br/rival-sons/


Opinião do Blog:

Das bandas de Rock surgidas pós anos 2000, o Blog pensa que o Rival Sons é uma das melhores – brigando fortemente pelo topo.


As óbvias e nítidas influências setentistas – notadamente o Led Zeppelin – foram se somando ao desenvolvimento natural da identidade do grupo e o resultado é uma banda com muitas qualidades.


Boa parte deste amadurecimento pode ser ouvido no excelente Great Western Valkyrie, um álbum em que todos os músicos da banda têm espaço para brilharem fortemente – embora, pessoalmente, eu destaque os sensacionais vocais de Jay Buchanan.


O álbum não possui canções descartáveis e traz composições excelentes. As preferidas são “Where I’ve Been”, “Open My Eyes” e a sensacional “Good Things”.


Enfim, não há muito o que se falar. Great Western Valkyrie é um excelente disco de Rock e o Rival Sons é um grupo que merece – e muito – a atenção dos fãs do estilo.

2 comentários:

  1. Só eu que considero o final de Destination on Course meio Pink Floyd da época do Meddle? Independentemente disso, gostei muito do disco, que foi o primeiro que comprei do Rival Sons.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu nunca tinha observado isto, mas acho que faz muito sentido sim, Marcello. Bem-vindo ao site. Saudações!

      Excluir