11 de setembro de 2015

BLACKFOOT - STRIKES (1979)


Strikes é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana chamada Blackfoot. Seu lançamento oficial aconteceu em abril de 1979 através do selo Atco Records. As gravações ocorreram nos estúdios Subterranean Studio (Ann Arbor, Michigan), Sound Suite Studios (Detroit, Michigan) e Bee Jay Studios (Orlando, Florida); todos nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Al Nalli e Henry Weck.

O Blackfoot é uma das bandas as quais não são tão famosas assim no Brasil e que aposta sua sonoridade no ótimo estilo Southern Rock. O Blog vai contar um pouco da história do grupo para depois abordar o álbum, como de costume.


Durante o começo de 1969, Rickey Medlocke e Greg T. Walker conheceram o nova-iorquino Charlie Hargrett, em Jacksonville, na Flórida, e formaram uma banda chamada "Fresh Garbage".

O grupo contava com Medlocke na bateria e vocais, Walker no baixo, Hargrett na guitarra, e Ron Sciabarasi nos teclados . Eles faziam a maior parte de seus shows no The Comic Book Club, na Forsyth Street.

Naquele mesmo ano, o Fresh Garbage se dissolveu após a saída de Sciabarasi. No entanto, Medlocke, Walker, e Hargrett se reagruparam e formaram outra banda, o Hammer, a qual contava com Medlocke agora como vocalista/guitarrista e com novos recrutas: Jakson Spires (bateria), DeWitt Gibbs (teclados) e Jerry Zambito (guitarras).

Gibbs e Zambito já haviam tocado juntos no Tangerine. Eles logo se mudaram para Gainesville, Flórida, para serem a banda de um estabelecimento chamado Dub's, um bar de topless bem conhecido na periferia da cidade.

No começo de 1970 a banda se mudou para Manhattan e, no mesmo ano, depois de conhecer outra banda na Costa Oeste chamada Hammer, decidiu mudar seu nome novamente, agora, para Blackfoot.

O novo nome representava a herança indígena americana de Walker, Spires e Medlocke (Spires tinha ascendência Cherokee, Medlocke parte Sioux, e Walker parte Eastern Creek, esta, uma tribo indígena da Flórida).

Quando o grupo não conseguiu adquirir um contrato com uma gravadora como resultado da sua mudança para Nova Iorque, Gibbs saiu da banda e Medlocke começou a tocar guitarra-base em tempo integral.

Em 1971, Medlocke e Walker aceitaram uma oferta para se juntarem ao Lynyrd Skynyrd e o Blackfoot terminou suas atividades por algum tempo. Houve uma breve tentativa do conjunto se reagrupar durante 1972, mas Medlocke saiu novamente e Walker se juntou ao The Tokens, o qual logo depois mudou seu nome para Cross Country.

Em 1972, Hargrett havia decidido se mudar para a Carolina do Norte e convidou Medlocke, que havia deixado o Lynyrd Skynyrd por esta altura, a reformar o Blackfoot com Leonard Stadler no baixo e Spires retornando como baterista.

Rickey Medlocke
Danny Johnson (que mais tarde foi de bandas como Derringer e Steppenwolf), que era de um grupo de Louisiana, o Axis, foi contratado como segundo guitarrista. Mas Medlocke logo decidiu ser tanto o principal vocalista quanto guitarrista novamente, e, assim, o período de Johnson com a banda foi breve.

Já em 1973, Stadler saiu da banda depois que um tumor foi descoberto em um de seus pulmões (que mais tarde foi curado). Além disso, Stadler decidiu deixar a música secular para se juntar a um grupo gospel. Ele eventualmente se tornou um religioso e líder metodista.

Assim, Greg T. Walker foi convidado para se juntar à banda novamente.

Em 1974, a banda tinha retornado a sua base de operações para New Jersey e Medlocke desenvolveu nódulos nas cordas vocais e, temporariamente, perdeu a voz. Outro vocalista, Patrick Jude, foi trazido para a banda.

Depois de um breve período de tempo, Medlocke era capaz de cantar novamente e Jude foi demitido. Em sequencia, Medlocke e Walker enviaram aos produtores/músicos de estúdio, Jimmy Johnson e David Hood, uma cópia de material do Blackfoot.

Johnson e Hood haviam trabalhado com Medlocke e Walker no Muscle Shoals, Alabama, quando estavam lá durante uma gravação com o Lynyrd Skynyrd.

No Reservations, o primeiro álbum de estúdio do grupo, foi lançado pela gravadora Island Records durante 1975 como parte de um negócio realizado pelo então gerente do Blackfoot, Lou Manganiello.

Logo no ano seguinte, veio o segundo álbum gravado, Flying High, o qual foi lançado pela Epic Records, durante 1976.

Ambos os álbuns gravados foram produzidos por Johnson e Hood. Embora possuíssem suas qualidades, ambos não repercutiram em termo de paradas de sucesso e não lograram êxito comercial.

Greg T. Walker
Ao final de 1975, o grupo estava vivendo novamente em Gainesville, Florida. Durante 1977, eles se ligaram ao manager do Black Oak Arkansas, Butch Stone, quem os contratou como o grupo de apoio para uma de suas clientes, Ruby Starr.

Ruby havia sido uma cantora de backing vocal para o Black Oak, mas agora estava se empenhando em promover uma carreira-solo. Após a passagem com a Ruby terminar durante 1978, o Blackfoot se encontrou com o manager da banda Brownsville Station, Al Nalli, e com seu parceiro, Jay Frey, que lhe ofereceu um contrato com o selo Atco Records.

Assim, seu terceiro álbum de estúdio foi produzido pelo próprio Al Nalli e projetado pelo baterista do Brownsville Station, Henry Weck. O disco foi gravado no estúdio construído no porão da casa de Nalli, em Ann Arbor, Michigan, e foi concluído por volta de janeiro de 1979.

A capa, simples, possuía a imagem de uma cobra. O nome do álbum era Strikes. Vamos às faixas:

ROAD FEVER

A canção de abertura do álbum traz o espírito musical que o Blackfoot emprega em sua sonoridade: o estilo Southern Rock, mas com uma considerável pegada Hard Rock. "Road Fever" possui um ritmo cadenciado, uma melodia maliciosa e altamente bluesy, mas, simultaneamente, doses cavalares de peso e guitarras cortando a música em vários momentos.

A letra fala sobre a vida de uma banda de Rock:

You know this life has taken its toll
And I don't know where to go
And I love this life of rock and roll
But there's one thing that I know
And every time I'm down and out
And I don't know what to do
I drop my load and I hit the road
And play me a song or two
Yes I do



I GOT A LINE ON YOU

Na versão de "I Got A Line On You", temos a presença constante e maciça do baixo de Greg T. Walker como destaque. Os solos também são bons, colocando as guitarras em posição relevante. É um cover interessante.

A letra tem conotação de sedução:

Just put your arms around me
Give me every bit of your love
Well you know what to do
'Cause it's up to you
You got the kind of lines
That make it through these times

A música é um cover de “I Got A Line On You”, sucesso da banda Spirit, presente no álbum The Family That Plays Together, lançado em 1968.



LEFT TURN ON A RED LIGHT

Na terceira faixa do trabalho, temos um início mais devagar e sem tanto peso. Com o desenvolver da canção, o ouvinte é apresentado a uma sonoridade com muitas influências da música típica do sul dos Estados Unidos fundidas ao Rock de modo muito competente. O solo próximo aos 3 minutos é bastante inspirado. O ponto de destaque são os vocais os quais transmitem uma intensa carga dramática.

A letra é em tom nostálgico:

Well it's nine o'clock at this old station
Once again my ride is right on time
And as I buy myself another ticket, Lord
For somewhere else on down the line
Well I'll always be a rambler
Well the ones I love always keep tellin' me
You stare too long in the mirror, son
Someday you'll be too blind to see



PAY MY DUES

"Pay My Dues" é o segundo cover presente em Strikes. Desta feita, o Blackfoot opta por uma roupagem totalmente Blues Rock. O baixo de Walker se destaca em conjunto com as guitarras. O ritmo é bem cadenciado e a melodia envolvente. O solo de guitarra é bem legal.

A letra é simples e divertida:

I said the choice is yours how you wanna pay
There's no denyin' you owe
'Cause just as sure as we all came
Baby, we got to go

Trata-se de outro cover, da canção “Pay My Dues”, originalmente gravada pela banda Blues Image e lançada no álbum Open, de 1970.



BABY BLUE

A pegada bluesy da faixa anterior se mantém em "Baby Blue", de maneira muito semelhante. O Blues Rock aqui desenvolvido apresenta uma ótima melodia e um riff principal de muito bom gosto. O refrão também foi construído de modo bem inteligente, cativando o ouvinte. Boa canção.

Outra vez, a letra é em sentido de sedução:

There's no lies between us
No games we play
So why wait till tomorrow, baby
When we can live today
And now I'm the light
The light that's shinin' bright
In her eyes, oh yes



WISHING WELL

O clássico do Free, "Wishing Well", é o terceiro e último cover presente em Strikes. O peso da versão original foi mantido, com boas inserções de guitarras. Trata-se de uma versão agradável e competente, mas, mesmo com Rickey Medlocke sendo um competente vocalista, os vocais são o ponto fraco. Afinal, Paul Rodgers é um dos vocalistas preferidos do Blog.

A letra possui uma mensagem positiva:

Throw down your gun, you might shoot yourself
Or is that what your tryin' to do
Put up a fight you believe to be right
And someday the sun will shine through
You've always got somethin' to hide
Somethin' you just can't tell
And the only time that you're satisfied
Is when your feet in the wishin' well

É mais uma versão cover presente no álbum, desta feita para “Wishing Well”, clássico da banda inglesa Free, presente em seu álbum Heartbreaker, de 1973.



RUN AND HIDE

Já em "Run And Hide", o ritmo é mais calmo e tranquilo, com uma melodia bastante simples e suave predominando na canção. Os vocais de Medlocke são bons e formam uma combinação muito legal com a parte instrumental. Também o solo de guitarra no meio da faixa se destaca. Momento mais bucólico, mas não menos interessante.

A letra é uma relação de causa e consequência:

I guess it's time that I should leave
I guess I'll be on my way
'Cause stayin' here is to much pain
And there's nothin' that's left to say
So if you ever need someone
To show you sympathy
Just remember the important thing
You've got no place to



TRAIN, TRAIN (PRELUDE)

Pequena faixa instrumental que serve de introdução para a próxima canção.



TRAIN, TRAIN

A excelente "Train, Train" é a nona faixa do trabalho. Aqui temos um riff principal que exala inspiração por todos os poros. Há um peso extra na canção que é peça fundamental para o seu sucesso, com as guitarras em posição de destaque e que formam um casamento formidável com a gaita do avô de Rickey, Shorty Medlocke. Excepcional momento do disco.

A letra é simples e refere-se a uma paixão:

Well train, train
Take me on out of this town
Train, train, lord
Take me on out of this town
Well that woman I'm in love with
Lord, she's Memphis bound

“Train, Train”, se não for o maior, é certamente um dos grandes sucessos de toda a carreira do Blackfoot.

Lançada como single para promover Strikes, atingiu a boa 38ª posição da principal parada norte-americana desta natureza.


O curioso é que a canção foi composta pelo avô do vocalista/guitarrista Rickey Medlocke, Paul Medlock, mas conhecido e registrado no álbum como Shorty Medlocke.

Vários músicos fizeram versões para essa música, incluindo Dolly Parton, em seu álbum The Grass Is Blue (de 1999), e o Warrant, no álbum Cherry Pie (de 1990).

A música também está presente no filme Straw Dogs, de 2011, dirigido por Rod Lurie e estrelado por James Marsden.



HIGHWAY SONG

A décima - e última - faixa de Strikes é "Highway Song". Uma suave, instigante e belíssima melodia toma conta dos momentos iniciais da música até desembocar em um ótimo solo de guitarra. O clima desenvolvido tanto pelo instrumental quanto pela brilhante interpretação de Rickey é triste e nostálgico, mas belíssimo. É a mais extensa canção do álbum, superando os 7 minutos. A partir dos 4 minutos e 20 segundos, o ritmo acelera e as guitarras passam a dominar "Highway Song", com uma profusão de solos e muito feeling. Encerramento magistral do disco.

A letra fala da vida na estrada:

Well, another day, another dollar, after I've sang and hollered,
Oh, it's my way of living, and I can't change a thing.
Another town is drawing near. Oh, baby, I wish you were here!
But the only way I can see you, darlin', is in my dreams.
It's a highway song.. you sing it on and on.. on and on..


“Highway Song” é outro grande sucesso da carreira do Blackfoot, adorada pelos fãs e presença certa nos shows do grupo.

Também foi lançada como single para promover Strikes e acabou alcançando a muito boa 26ª colocação da principal parada norte-americana desta natureza.



Considerações Finais

Baseado no sucesso de “Train, Train” e de “Highway Song”, Strikes foi o primeiro sucesso comercial do Blackfoot.

O álbum acabou atingindo a boa 42ª posição na principal parada de discos norte-americana, a Billboard.

Aproveitando o sucesso, o grupo excursionou com frequência durante o ano de 1979; incluindo um show como banda de abertura para os gigantes ingleses do The Who, no Silverdome, em Pontiac, Michigan.

Ao mesmo tempo, a banda envolvia-se com o desenvolvimento de seu próximo álbum, Tomcattin, que foi lançado em 1980.

Com o passar do tempo, Strikes foi ganhando, também, reconhecimento e importância. Eduardo Rivadavia, do Allmusic, dá a Strikes 4,5 estrelas de um máximo de 5, atestando a qualidade do disco.

Além disso, Rivadavia confirma que o Blackfoot é “conhecido como uma unidade feroz ao vivo e, provavelmente, a mais pesada das bandas do Southern Rock. Strikes também provou que o Blackfoot poderia escrever grandes melodias para a sombria "Left Turn on a Red Light" e a versão cover inspirada do Free de "Wishing Well".

Strikes ultrapassa a casa de 1 milhão de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.



Formação:
Rickey Medlocke - Vocal, Guitarra
Charlie Hargrett - Guitarra
Greg T. Walker - Baixo, Teclados, Vocal
Jakson Spires - Bateria, Percussão, Vocal
Músicos Adicionais
Pat McCaffrey - Teclados
Baixinho Medlocke - Gaita (faixa 8)
Cub Koda - Gaita (faixa 9)
Donna D. Davis - Backing Vocals
Pamela T. Vincent - Backing Vocals
Cynthia M. Douglas - Backing Vocals
Henry "H-Bomb" Weck - Percussão

Faixas:
01. Road Fever (Medlocke) - 3:07
02. I Got a Line on You (California) - 3:17
03. Left Turn on a Red Light (Medlocke/Spires) - 4:35
04. Pay My Dues (Blues Image) - 3:03
05. Baby Blue (Medlocke/Hargrett/Spires) - 2:33
06. Wishing Well (Rodgers/Kossoff/Yamauchi/Bundrick/Kirke) - 3:11
07. Run and Hide (Medlocke/Spires) - 3:24
08. Train, Train (prelude) (S. Medlocke) - 0:36
09. Train, Train (S. Medlocke) - 2:56
10. Highway Song (Medlocke/Spires) - 6:59

Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: http://letras.mus.br/blackfoot/

Opinião do Blog:
Após um longo período, um representante do Southern Rock norte-americano volta ao Blog, através de uma banda não tão conhecida, mas com talento e canções que merecem reconhecimento: o Blackfoot.

Como o leitor do Blog pode observar na parte inicial do post, entre idas e vindas, foi em seu terceiro álbum que o grupo começou a deslanchar. Strikes é um álbum inspirado e forte o suficiente para poder fazer a banda engrenar e seguir como um projeto sustentável.

O fato de ser composta por músicos talentosos e já experientes, evidentemente, contribuiu para o sucesso de Strikes. O baixo de Greg T. Walker está sempre presente e as guitarras (e seus solos) cativam os ouvintes fãs de Rock. Medlocke consegue ser um intérprete eficiente para as canções, permitindo passar muita emoção com sua voz.

E nos momentos em que aparece, a gaita é primordial para enaltecer a qualidade das músicas.

As letras são eficientes, mas nada de excepcional. De toda forma, contribuem com o sucesso e a qualidade do trabalho.

Mas o que faz do Blackfoot e de Strikes diferenciados é a sonoridade proposta. Claro que em 1979 o Southern Rock não era nenhuma novidade, mas o grupo dá uma dose extra de peso com eficiência e qualidade indiscutíveis.

Não é apenas o peso pelo peso, e sim, o utilizando como modo de realçar belas melodias e trazer intensidade às canções. O Hard Rock do Blackfoot é feito de maneira a se fundir perfeitamente com sua veia sulista, como se observa na excelente "Road Fever".

O leitor assíduo do Blog sabe que o mesmo tem preferência por trabalhos autorais e a presença de 3 covers no disco pesam contra, mesmo quando suas execuções são boas, como é o caso em Strikes.

Mas as composições autorais elevam o trabalho a um patamar muito alto e o resultado final se torna de alta qualidade.

"Left Turn On A Red Light" é uma faixa enigmática e soturna e, ao mesmo tempo, brilhante. "Baby Blue" é um Blues Rock de categoria e "Run And Hide" possui uma suavidade cativante. Claro que "Train, Train" é uma faixa excelente e emblemática, sendo parte do DNA que traduz o que é o Blackfoot.

E ainda se tem a maravilhosa "Highway Song" que, mesmo trazendo certa semelhança estrutural com o clássico "Free Bird", do Lynyrd Skynyrd (banda com a qual Rickey Medlocke passou um bom tempo), possui identidade própria, com uma melodia melancólica e angustiante, a qual domina o ouvinte completamente.

Concluindo, o álbum Strikes é uma ótima amostra da riqueza do estilo Southern Rock e como sua incursão com o Hard Rock pode ser bem-sucedida. O Blackfoot possuía músicos talentosos e merecia um reconhecimento maior. Strikes, talvez, seja a melhor prova desta afirmação. Muito bem recomendado pelo Blog!

2 comentários:

  1. O Blackfoot nunca teve o sucesso que merecia. Junto com Tomcattin' e Marauder, Strikes forma uma trilogia com uma qualidade que poucas bandas alcançaram, e Highway Song Live é um dos melhores álbuns ao vivo dos anos 80, com uma energia fora do comum. O legal é que tanto as covers quanto o material original são muito bons, e o final do disco, com Train, Train e Highway Song é simplesmente matador. Long live Rickey Medlocke!!

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    1. Sem dúvidas, é uma banda que precisa ser mais resgatada. A trinca que você citou é fora da curva.

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