6 de maio de 2013

IRON MAIDEN - PIECE OF MIND (1983)



Homenagem aos 30 anos do lançamento deste álbum

Piece Of Mind é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa chamada Iron Maiden. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 16 de maio de 1983, sob o selo EMI. A produção ficou por conta do lendário Martin Birch, com as gravações acontecendo no Compass Point Studios, em Nassau, nas Bahamas, entre janeiro e março daquele ano.



Neste post, vamos tratar dos acontecimentos imediatos que antecederam o lançamento deste clássico do Iron Maiden. O Blog já tratou do álbum anterior, o incrível The Number Of The Beast, e, caso o leitor se interesse, pode acessá-lo:


Após a extensa e exaustiva turnê que promoveu o álbum anterior, a Beast On The Road Tour, a banda já estava pensando no álbum que seria o sucessor do já clássico trabalho.

Não seria fácil para ninguém ter que preparar um disco que, pelo menos, aproximasse-se da qualidade indiscutível do primeiro trabalho do Iron Maiden com Bruce Dickinson. Mas, mesmo diante de tal desafio, conforme será visto, o grupo obteve êxito.

Bruce Dickinson


Logo em dezembro, o grupo sofreria uma baixa. O baterista Clive Burr, que fez um excelente trabalho em The Number Of The Beast, deixa o conjunto devido a problemas particulares e também devido às extensas turnês e o pouco tempo permitido para se estar com os familiares.

O substituto escolhido foi um inglês que, a partir daquele momento, teria sua imagem firmemente associada ao grupo. Seu nome era Nicko McBrain, o qual tocava em uma banda baseada em Paris de nome Trust.

Pouco depois, a banda viaja ainda nas ilhas britânicas, indo para a localidade de Jersey com o propósito de comporem as novas canções para o álbum vindouro.

Em Jersey, o grupo alugou o hotel Le Chalet, que estava fora de temporada, usando o restaurante do mesmo para fazer seus ensaios. Em fevereiro o grupo viaja para Nassau, nas Bahamas, para gravarem o disco no Compass Point Studios.

As gravações durariam até março e depois a mixagem final aconteceria no Eletric Lady Studios, em Nova York, nos Estados Unidos.

O primeiro nome pensado para o trabalho era Food For Thought, pois o Maiden havia decidido que sua mascote Eddie apareceria lobotomizada na capa do álbum. Entretanto, o nome Piece Of Mind acabou surgindo em um dos dias em que eles estavam em Jersey, compondo o trabalho, em um momento de relaxamento em um pub.

Piece of Mind foi o primeiro álbum do Iron Maiden a ter seu nome escolhido sem que existisse uma canção homônima dentro do mesmo. Embora na faixa “Still Life” haja a expressão ‘peace of mind’.

Nicko McBrain


Incluído no encarte, há um trecho inspirado no livro bíblico do Apocalipse, que se segue:

“And God shall wipe away all tears from their eyes; and there shall be no more Death. Neither sorrow, nor crying. Neither shall there be any more brain; for the former things are passed away.”

O texto real (Capítulo 21, versículo 4), contém os dizeres "neither shall there be any more pain", ao contrário do encarte que usa a palavra “brain”, em brincadeira com o Eddie lobotomizado ou com o sobrenome do novo baterista (McBrain).

Também, em um canto inferior do lado de trás da capa do álbum, há a seguinte mensagem: "Não há sintetizadores ou segundas intenções".

A capa, clássica, conta com uma arte na qual Eddie se apresenta lobotomizado, em uma camisa de força e acorrentado. Obra do genial Derek Riggs.

WHERE EAGLES DARE

Abre o trabalho a magnífica “Where Eagles Dare”.

Nicko McBrain mostra a que veio nos primeiros segundos do álbum com uma breve intro na bateria, no que é logo acompanhado pela dupla incrível de guitarristas: Dave Murray e Adrian Smith. Bruce Dickinson faz vocais incríveis na canção, que passa boa parte de sua duração em um contexto instrumental. O trabalho do baixo de Steve Harris é notável. Ótimos solos. Há toda uma sonorização com barulhos de guerra na parte mais instrumental da música.

A inspiração para “Where Eagles Dare” vem de um filme homônimo à canção, de 1968, estrelado por Richard Burton e Clint Eastwood, com direção de Brian G. Hutton:

Bavarian Alps that lay all around
They seem to stare from below
The enemy lines a long time passed
Are lying deep in the snow



REVELATIONS

A segunda música de Piece Of Mind é a incrível “Revelations”.

O que mais impressiona na belíssima “Revelations” é a sua notável alternância de ritmos e intensidade. Ela contém partes bem suaves e melódicas e outras mais intensas e fortes, calcada nas guitarras típicas do Iron Maiden. O que também se destaca é como o vocalista Bruce Dickinson consegue adequar seus vocais a todos os momentos, cantando de maneira magnífica. Belíssima faixa.

Segundo Bruce Dickinson, boa parte da inspiração para a bela canção veio de leituras em textos de Aleister Crowley:

Just a babe in a black abyss,
No reason for a place like this
The walls are cold and souls cry out in pain
An easy way for the blind to go,
A clever path for the fools who know
The Secret of the Hangman ­ the smile on his lips
The light of the Blind ­ you'll see,
The venom that tears my spine,
The Eyes of the Nile are opening ­ you'll see



FLIGHT OF ICARUS

A clássica “Flight Of Icarus” é a terceira canção do trabalho.

Um riff mais lento e cadenciado é a base da curta terceira faixa do álbum. O ritmo segue assim por praticamente toda sua extensão, acelerando mais no final. Dickinson abusa do poder de sua incrível voz, dando um tom bem intenso à música, com o uso de vozes dobradas no refrão. O solo é muito bom. Ótimo trabalho!

A canção tem notória inspiração no mito grego de Ícaro e suas asas de cera:

Fly, on your way, like an eagle,
Fly as high as the sun,
On your way, like an eagle,
Fly touch the sun

Lançada como single, “Flight Of Icarus” se deu muito bem nas paradas de sucesso desta natureza. Atingiu a 11ª posição na parada britânica e a ótima 8ª posição na parada norte-americana de singles.

A capa do single, genial criação de Derek Riggs, demonstra um Eddie alado que acabara de colocar fogo nas asas de Ícaro.



Há certa controvérsia no lançamento do single nos Estados Unidos. Steve Harris disse que a banda deveria ter esperado para que lançassem uma versão ao vivo da canção como single nas terras ianques, pois ela era bem mais intensa e pesada nos palcos. Já Dickinson afirma que a versão de estúdio foi propositalmente composta e gravada desta maneira, justamente para receber a atenção que a mídia americana da época deu ao trabalho.

Foi feito um videoclipe para promover a canção.



DIE WITH YOUR BOOTS ON

A quarta música do disco é “Die With Your Boots On”.

O tradicional Heavy Metal da banda volta com tudo na quarta canção do trabalho. Ela é intensa, forte e com mais velocidade. Os vocais de Dickinson estão mais uma vez perfeitos para o ritmo da faixa. Os solos são bem legais.

As letras brincam com o fato de haver previsões futurísticas sobre o apocalipse:

No point asking when it is,
No point asking who's to go,
No point asking what's the game,
No point asking who's to blame
'cos if you're gonna die, if you're gonna die,
'cos if you're gonna die, if you're gonna die



THE TROOPER

A quinta canção de Piece Of Mind é um dos maiores clássicos do Heavy Metal: “The Trooper”.

As guitarras gêmeas dão o tom de um dos maiores clássicos do Heavy Metal em todos os tempos. Elas surgem baseadas por um baixo galopante sensacional, tocado magistralmente por Steve Harris. A atuação de Dickinson é soberba, dando o tom exato para que a música contagie qualquer ouvinte. Os solos são excepcionais.

A letra é baseada na chamada ‘Charge of the Light Brigade’, parte da Batalha de Balaclava, em 1854, que ocorreu durante a Guerra da Crimeia, em que tropas russas e britânicas se enfrentaram. Também, o poema de Lord Tennyson (de mesmo nome) inspirou Steve Harris, seu autor:

The horse he sweats with fear we break to run
The mighty roar of the Russian guns
And as we race towards the human wall
The screams of pain as my comrades fall

Um dos maiores clássicos do Iron Maiden e presença garantida nos shows do grupo, “The Trooper” é um sucesso indiscutível. Nos shows, é comum o vocalista Bruce Dickinson ostentar a bandeira britânica durante a execução da música, incluindo, mais recentemente, o cantor trajar a indumentária da cavalaria britânica da época.

Lançada como single, foi extremamente bem-sucedida em ambos os lados do Atlântico. Atingiu a 28ª posição na parada norte-americana e a 12ª colocação na correspondente britânica.

A capa do single, feita pelo artista Derek Riggs, é das mais comuns a estampar camisetas dos fãs dos britânicos. Clássica.



Há um videoclipe que promove a canção sendo que o mesmo se utiliza de imagens de um filme que tem como base a supracitada guerra da Crimeia.

Está presente nos games Guitar Hero 2, Carmaggedon 2 e Rock Band. Versões covers incluem bandas como Setenced e Iced Earth.



STILL LIFE

A sexta faixa do trabalho é “Still Life”.

O início de “Still Life” é bem mais suave, com uma linda melodia lenta e tocante, com um Dickinson cantando de maneira bastante macia. Logo esta breve introdução termina, o riff típico do Heavy Metal oitentista entra em cena, forte, grudento e marcante com o vocalista acompanhando o ritmo intenso no mesmo tom. Faixa incrível!

As letras levam em conta a transitoriedade da vida:

All my life's blood is slowly draining away
And I feel that I'm weaker every day
Somehow I know I haven't long to go
Joining them at the bottom of the pool

Em “Still Life”, há uma brincadeira do grupo que se refere às acusações que a banda sofria sobre o fato de serem satanistas. No início da canção há uma mensagem que só é entendível quando de tocava o vinil de trás para frente. Na mensagem, Nicko McBrain, imitando Idi Amin (Presidente de Uganda), diz: "What ho said the t'ing with the three 'bonce', do not meddle with things you don't understand..."



QUEST FOR FIRE

“Quest For Fire” é a sétima música do disco.

Uma bateria marcante em conjunto com guitarras bem fortes dão o tom introdutório da faixa. Logo após, o clima proposto pelo grupo é bem pesado, intenso, mas, entretanto, eles optam por certa cadencia. A velocidade mais lenta não impede o clima forte da canção, muito devido à atuação de Bruce Dickinson, em um tom bem alto e firme. Sensacional.

As letras são baseadas no filme homônimo à canção, de Jean-Jacques Annaud, de 1981:

In a time when dinosaurs walked the earth
When the land was swamp and caves were home
In an age when prize possession was fire
To search for landscapes men would roam



SUN AND STEEL

A oitava canção do álbum é “Sun And Steel”.

A menor faixa do trabalho possui, também, um riff bastante eficiente. O estilo galopante do Maiden se perpetua por toda duração da música, que é bastante empolgante. O refrão é ótimo e contagia ao ouvinte, em um trabalho que é mais simples, mas, mesmo assim, brilhante.

As letras são bem simples e demonstram algum jovem que leva a vida como assassino:

Sunlight, falling on your steel
Death in life is your ideal
Life is like a wheel
Sunlight, falling on your steel
Death in life is your ideal
Life is like a wheel



TO TAME A LAND

A nona – e última – faixa de Piece of Mind é “To Tame A Land”.

“To Tame A Land” é a maior música do disco e tem um clima mais épico, com seus mais de 7 minutos. O que predomina nesta belíssima composição é justamente a alternância de velocidade, peso e intensidade dentro da mesma construção. Os riffs são todos excelentes e as melodias incríveis, em uma das mais brilhantes faixas da discografia do Iron Maiden.

As letras são baseadas no romance Dune, de Frank Herbert:

The time will come for him to lay claim his crown
And then the foe, yes they'll be cut down
You'll see, he'll be the best that there's been
Messiah supreme, true leader of men
And when the time for judgement's at hand
Don't fret he's strong and he'll make a stand
'Gainst evil the fire that spreads through the land
He has the power to make it all end

Com o desejo de batizar a canção de Dune, a banda procurou o autor da obra pela permissão, no que obteve a seguinte resposta: "Frank Herbert não gosta de bandas de rock, particularmente bandas de rock pesado, ​​e, principalmente, bandas como Iron Maiden."



Considerações Finais

Apesar de, comercialmente falando, Piece Of Mind não ter repetido o sucesso de seu antecessor, esteve muito longe de ser um fracasso.

Em termos de paradas de sucesso, alcançou a 3ª posição na parada britânica e a notável 14ª posição na correspondente norte-americana. Ainda obteve a 8ª colocação na Alemanha e Nova Zelândia, contando com a 9ª em países como Holanda e Noruega.

Steve Harris


A crítica especializada também recebeu o disco muito bem. Em 1983, a revista Kerrang! publicou uma pesquisa com os melhores álbuns de Heavy Metal de todos os tempos e Piece Of Mind estava na 1ª posição. Também o site Sputnikmusic o coloca em posição de destaque, embora afirme que outros álbuns da donzela o supere.

O Allmusic o coloca como essencial para qualquer fã do estilo Heavy Metal (mesmo os menos interessados), mas afirma que o lado B é um tanto quanto inferior ao lado A do trabalho. Já o site IGN o coloca na 21ª colocação de sua lista dos 25 melhores álbuns de Heavy Metal de todos os tempos feita em 2007.

Antes mesmo do lançamento do disco, em 2 de maio de 1983, teve início a World Piece Tour, para a promoção do trabalho. Passando por Europa, Estados Unidos e Canadá, terminou em 18 de dezembro daquele mesmo ano, contando com um total de 139 apresentações.



Estima-se que mais de 1,7 milhões de cópias do álbum tenham sido vendidas somente no Reino Unido e Estados Unidos.

Formação:
Bruce Dickinson – Vocal
Dave Murray – Guitarra
Adrian Smith – Guitarra, Backing Vocals
Steve Harris – Baixo, Backing Vocals
Nicko McBrain – Bateria

Faixas:
01. Where Eagles Dare (Harris) - 6:10
02. Revelations (Dickinson) - 6:50
03. Flight of Icarus (Dickinson/Smith) - 3:51
04. Die with Your Boots On (Dickinson/Harris/Smith) - 5:28
05. The Trooper (Harris) - 4:15
06. Still Life (Harris/Murray) - 4:53
07. Quest for Fire (Harris) - 3:41
08. Sun and Steel (Dickinson/Smith) - 3:26
09. To Tame a Land (Harris) - 7:27

Letras:
Para todo o conteúdo das letras, indicamos o acesso a: http://letras.mus.br/iron-maiden/

Opinião do Blog:
Se comercialmente Piece Of Mind não pode ser comparado ao anterior, The Number Of The Beast; musicalmente, o resultado final é completamente oposto.

Piece Of Mind mantém o nível estratosférico estabelecido pelos gigantes do Heavy Metal mundial em suas primeiras obras. O álbum traduz todos os elementos que transformaram o Iron Maiden em uma das maiores – se não a maior – banda da música pesada em todos os tempos.

Guitarras gêmeas permeiam todo o trabalho, construindo solos e riffs da melhor qualidade da história do Metal. O baixo destruidor de Steve Harris se apresenta magnífico em todo o disco. O novo baterista, Nicko McBrain, é bastante competente e Bruce Dickinson se confirma como um dos melhores vocalistas de todos os tempos.

A categoria das composições de Piece Of Mind não deixa a dever em comparação com nenhum dos outros trabalhos da donzela. Temos um clássico imortal do grupo, uma de suas canções mais conhecidas e aclamadas, “The Trooper”.

Canções diretas e extremamente bem compostas também estão aqui, no melhor estilo Maiden: temos pérolas (no melhor sentido) como “Flight Of Icarus”, “Sun And Stell” e a excelente “Still Life”.

Outras músicas revelam composições mais intricadas e igualmente brilhantes, como “Revelations”, a fantástica “Where Eagles Dare” e a épica e notória “To Tame A Land”.

Enfim, não é preciso tecer mais elogios a este magnífico trabalho do Iron Maiden. Piece Of Mind é um álbum obrigatório na coleção de qualquer fã de Heavy Metal.

O Iron Maiden produziu, em série, álbuns incríveis durante os anos oitenta. E Piece Of Mind, para muitos, é o seu ponto mais alto. Nada mais a se declarar.

6 comentários:

  1. uma sugestão minha põe também o álbum de titãs cabeça dinossauro.

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  2. Eu considero Piece of Mind como um dos vários pontos mais altos do Iron Maiden, mas não o definitivo, que seria atingido no ano seguinte com Powerslave (1984). Essa fase da banda que vai de The Number of the Beast (1982) até Seventh Son of a Seventh Son (1988) é ótima e não possui nenhum ponto baixo.

    De Piece of Mind destaco a abertura fodástica de "Where Eagles Dare" (welcome Mr. McBrain!), "Flight of Icarus", "Die With Your Boots On", a épica "To Tame a Land" e em especial, a música que eu considero a mais emblemática do grupo, a canção de assinatura do Iron Maiden: "The Trooper".

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  3. Obrigado por outra contribuição, Igor. Assino embaixo: a fase que vai de The Number of the Beast (1982) até Seventh Son of a Seventh Son (1988) é essencial não apenas para fãs de Iron Maiden, mas para todo e qualquer fã que queira se aprofundar no Heavy Metal.

    Outra ponto muito interessante que você levantou: preciso refletir mais sobre o assunto, mas acho que você está certo: "The Trooper", talvez, seja mesmo a canção assinatura da banda...

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. De nada, meu caro. Outra coisa que eu esqueci de constatar é que na minha versão deste Piece of Mind não tem aquela mensagem subliminar que introduz "Still Life", o que por sinal já é um ponto puramente positivo pra mim. Obrigado novamente e tamo junto sempre!

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  4. Esqueci de destacar "Revelations" como outra das minhas favoritas do Iron Maiden, pois trata-se da primeira composição de Bruce Dickinson creditada na banda (o cara é muito mais poeta do que muita gente que eu conheço por aí), já que no álbum anterior o vocalista colaborou com algumas composições, mas não pode ter seu nome creditado nelas por que seu contrato com o Samson ainda estava em alta em 1982.

    Ressalto que no ano seguinte após Piece of Mind, o genial Dickinson compôs ainda a faixa-título daquele que eu considero o melhor disco da Donzela de Ferro: o imbatível clássico Powerslave, no qual também está "Flash on the Blade" também composta inteiramente pelo mestre. Longa vida ao Iron Maiden e ao Bruce Dickinson também!

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